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29 de maio de 2013

EMEB Valentin Bernardi. Dia do Desafio 2013. Minha escola de paixão!!

Biografia Antonio Vivaldi

A música instrumental do barroco tardio deve a Vivaldi muitos de seus elementos característicos. Seus concertos foram tomados como modelos formais por vários compositores, inclusive por Bach.

Nascido em Veneza, Antonio Lucio Vivaldi era o primogênito dos sete filhos do casal Gionanni Battista Vivaldi, violinista, e Camila Calicchio. Ordenado padre em 1703, ficou impedido de celebrar a missa em decorrência de uma doença crônica, provavelmente asma. Foi nomeado mestre de violino do "Ospedalle della Pietà", uma instituição veneziana que acolhia crianças órfãs, famosa por seu conservatório musical.

Vivaldi compôs a maior parte de suas obras para a instituição e assim consolidou sua reputação como compositor e maestro. Em 1705 publicou sua primeira coleção, "Doze Sonatas para Dois Violinos e Baixo contínuo". Depois fez uma série de obras instrumentais.

Deixou seu cargo por dois anos, mas em 1711 foi novamente nomeado professor de violino. No ano seguinte publicou o "Estro armonico", uma coleção de 12 concertos. A repercussão dessa obra foi imensa em toda a Europa, como demonstra o fato de que Bach fez transcrições de seis desses concertos.

Em 1713, o diretor do coro do conservatório deixou seu posto e Vivaldi ficou encarregado de compor obras vocais sacras. Paralelamente ele começava a estabelecer relações com o Teatro de Santo Angelo. A instituição Pietà concedeu a Vivaldi uma permissão para "exercitar sua destreza" e foram apresentadas suas primeiras óperas, como "Outtone in villa" e "Orlando Furioso". Depois fez, entre outros concertos, "La Stravaganza".

Entre 1718 a 1720, Vivaldi trabalhou em Mântua, onde compôs a maioria de suas cantatas. Entre 1720 e 1723 dedicou-se à ópera. Em 1723, novamente em Veneza, na Pietà, publicou o Opus 8, que contém os concertos "As Quatro Estações". Por volta de 1729 compôs para o rei Luis 15 a mais importante de suas serenatas: "La Sena Festeggiante". Na mesma época entregou ao imperador da Áustria Carlos 6o seu Opus 9: "La Cetra".

Pouco depois publicou o Opus 10, "Seis Concertos para Flauta". A partir de 1729, parou de publicar suas obras, por perceber que era mais lucrativo vender os manuscritos a compradores particulares. Em 1730 e 1731, ficou em Praga onde compôs várias óperas e duas sonatas, encomendadas pelo conde Von Wrtby. Entre 1737 e 1739 tentou, sem sucesso, que representassem suas óperas. Em 1740 decidiu viajar para Viena, onde morreu aos 63 anos.

De sua obra conservam-se 456 concertos,73 sonatas, 44 motetos, três oratórios, duas serenatas, cerca de 100 árias, 30 cantatas e 47 óperas. Apesar da fama que gozou em vida, Antonio Lucio Vivaldi foi esquecido com o advento do classicismo. Seus originais, encadernados após sua morte em 27 volumes e vendidos a particulares, foram redescobertos somente na segunda década do século 20.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/antonio-vivaldi.jhtm

Biografia Piotr Tchaikovski

Criador de melodias marcantes e envolventes, Tchaikovski foi um dos mais populares compositores de todos os tempos. Quem já não ouviu "O Lago dos Cisnes" ou a "Valsa das Flores", da Suíte Quebra-Nozes?

Piotr Tchaikovski era o segundo de uma família de seis filhos. Cedo começou a estudar piano. Em 1848, a família mudou-se para São Petersburgo. Lá, Piotr começou a praticar o piano de forma intensiva, o que lhe valeu uma doença nervosa. Apesar de proibido pelos médicos de continuar tocando, pouco a pouco recobrou sua saúde. Preparou-se então para ingressar no curso de jurisprudência, o que não o entusiasmava. Aos quatorze anos, com a morte de sua mãe, a quem adorava, Piotr Tchaikovski teve uma crise depressiva.

Depois de terminar a faculdade de direito, passou a oficial do Ministério da Justiça, em 1854. Dois anos depois, ao ouvir pela primeira vez o "Don Giovanni" de Mozart, ficou entusiasmado com a ópera alemã.

Aos 23 anos, resolveu deixar a profissão de advogado para dedicar-se à música. Matriculou-se no Conservatório de São Petersburgo, tornando-se aluno do grande pianista Anton Rubinstein.

Em 1866, Tchaikovski mudou-se para Moscou e passou a dar aulas de teoria musical. No ano seguinte, casou-se com uma aluna do conservatório, Antonina Miliukova. O casamento foi desastroso, acentuando a hipersensibilidade de Tchaikovski.

Seguindo recomendações médicas, partiu para uma temporada de um mês na Suíça, viajando, em seguida, para a França e a Itália. Nessa época, travou relações com Nadezhda von Meck, que se tornaria sua protetora e mecenas.

De volta a Moscou, Piotr Tchaikovski estabeleceu com Nadezhda uma relação por cartas, que durou 14 anos. Em 1885, compôs a "Sinfonia Manfred" e, três anos depois, a "Quinta Sinfonia".

Em 1890, o compositor finalizou a ópera "A Dama de Espadas". Nesse mesmo ano, rompeu com Nadezhda.

Reconhecido por sua obra, Tchaikovski apresentou-se em várias capitais européias e viajou aos Estados Unidos para a inauguração do Carnegie Hall, em 1891.

No dia 28 de outubro de 1893, sua última sinfonia, a "Patética", estreou em São Petersburgo. Nove dias depois, o compositor faleceu, em circunstâncias ainda hoje obscuras.

Tchaikovski deixou uma obra vasta e muito admirada, incluindo, além de suas seis sinfonias, balés, concertos e canções.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/piotr-tchaikovski.jhtm

Biografia Richard Strauss

"Nunca olhe para os trombones. Você vai encorajá-los!" A advertência é de Richard Strauss, um dos mais importantes e admirados compositores do século 20.

Filho de um trompista da Ópera de Munique, Richard Strauss desde cedo estudou música, começando a compor aos 12 anos. Começou a estudar filosofia em Munique, mas resolveu dedicar-se à regência. Conheceu o maestro Bülow que, entusiasmado com suas composições, convidou-o para ser seu assistente em Meiningen.

Em 1886, Strauss compôs seu primeiro poema sinfônico, "Aus Italien", iniciando então uma bem-sucedida carreira de compositor. Compôs "Don Juan", "Morte e Transfiguração", "Assim falou Zaratustra", "Dom Quixote" e "Uma vida de Herói", todos bem recebidos pelo público. Notabilizou-se também como compositor de lieder, tendo elaborado um grande número dessas canções.

Richard Strauss casou-se com a soprano Pauline d'Ahna em 1894.
Em 1905, estreou sua ópera "Salomé", baseada em texto de Oscar Wilde. Quatro anos depois, estreou "Elektra", com libreto de Hugo Hofmannstahl. Ambas foram grandes sucessos.

Estreou a ópera "Rosenkavalier" em 1911, também em parceria com Hofmannstahl. Além de compositor e regente, Richard Strauss foi um ativo homem de cultura. Dirigiu a Ópera Real de Berlim e, em 1919, foi nomeado diretor da Ópera de Viena, cargo que ocupou durante cinco anos. Criou também o festival de Salzburgo.

Em 1932, Strauss compôs a ópera "Arabela". Nessa época, a Alemanha já era nazista e Strauss acabou se envolvendo com o regime. Aceitou o cargo de presidente da Câmara de Música do Reich, mas foi demitido por Goebels. A acusação foi manter o nome do libretista Stefan Sweig, que era judeu, nos cartazes de divulgação da ópera "A Mulher Silenciosa".

Richard Strauss não foi mais importunado pelos nazistas. Com o tempo foi se recolhendo em sua casa de campo em Garmisch e diminuindo suas atividades.

Strauss regeu pela última vez em 1949, nas comemorações de seu 85o aniversário. Nesse mesmo ano, depois de uma sucessão de problemas cardíacos, faleceu.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/richard-strauss.jhtm

Biografia Frederic Chopin

Nascido em primeiro de março de 1810, em Zelazowa Wola, na Polônia, Frederic Chopin era filho do professor francês Nicolas Chopin, que dava aulas de francês e literatura francesa, e da pianista polonesa Justina Krazizanovska. Dez meses após o seu nascimento, a família foi morar em Varsóvia, onde transitava entre os nobres e a burguesia.

Chopin teve uma infância culta. Aos seis anos passou a ter um professor de piano, Adalbert Zwini, que lhe apresentou as obras de Bach e Mozart.

Seu primeiro concerto público ocorreu quando ele tinha oito anos. Na mesma época viu publicada sua primeira obra, uma polonaise. Prosseguiu conciliando seus estudos no Liceu de Varsóvia com as aulas de piano.

Em 1825, apresentou-se para o czar Alexandre I. No ano seguinte ingressou no Conservatório de Varsóvia, onde iniciou seus estudos com o compositor Joseph Elsner.

Em 1830, dias antes de eclodir a Revolução Polonesa contra a ocupação russa, Chopin resolveu deixar Varsóvia e partir para Viena, que vivia sob o regime autoritário de Metternich. Em julho do ano seguinte, Chopin seguiu para Paris, onde logo integrou-se à elite local, passando a ser requisitado como concertista e como professor. Nessa época conheceu músicos consagrados, como Rossini e Cherubini, e outros de sua geração, como Mendelssohn, Berlioz, Franz Lizst e Schumann.

Em uma de suas viagens pela Europa, em 1835, reencontrou Maria Wodzinska, que conhecera ainda criança em Varsóvia. Chopin apaixonou-se, mas, apresentando já os primeiros sinais de tuberculose, acabou rompendo o noivado por pressão da família de Maria.

Em 1838 Chopin uniu-se à controvertida escritora Aurore Dupin, que usava o pseudônimo masculino de George Sand. O casal resolveu passar um tempo em Maiorca, mas o clima úmido da ilha piorou o estado de saúde do compositor. Em 1839, os dois voltaram para a França e em 1847 romperam definitivamente o relacionamento.

No dia 17 de outubro de 1849, Frederic Chopin faleceu em Paris, aos 39 anos. Foi sepultado no cemitério de Père Lachaise, mas seu coração foi colocado dentro de um dos pilares da igreja de Santa Cruz, em Varsóvia, conforme o seu pedido.

Chopin dedicou toda sua obra ao piano, com exceção de apenas algumas peças. Várias de suas obras têm influência do folclore polonês, como é o caso das mazurcas e das polonaises.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/frederic-chopin.jhtm

Biografia Bela Bartok - Compositor e pianista húngaro

Bartok é considerado o compositor mais importante da Hungria e o principal representante da modernidade clássica. Sobressaiu-se tanto por seu brilhantismo no piano e por sua atividade como professor desse instrumento na Academia de Música de Budapeste como por sua faceta de compositor (compôs, entre outras obras, 153 estudos para piano). As suas primeiras obras seguem, na composição, a tradição do século 19 – por exemplo, o poema sinfônico Kossuth (1903) –, embora fossem evoluindo rumo ao impressionismo, sob a influência de Claude Debussy – como no seu Primeiro Quarteto de Cordas –, até se inspirar na música popular do sudeste da Europa. A partir de 1905, Bartok realizou uma série de viagens na companhia de Zoltan Kodaly, durante as quais investigou e recolheu milhares de canções zíngaras (ciganas) da Romênia, da Sérvia, da Bulgária, da Croácia, da Ucrânia, da Eslováquia e da Turquia, chegando inclusive ao norte da África, embora centrando-se sempre em sua relação com a Hungria. Por exemplo, na Suíte de Dança (1923) ou no Segundo Concerto para Piano (1931), são resgatadas melodias húngaras e, sobretudo, canções rítmicas.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/klick/0,5387,128-biografia-9,00.jhtm

Biografia Pitágoras

Fonte: E-Biografias

Pitágoras (580?-497? a.C.) foi matemático grego. Autor do "teorema de Pitágoras": "num triangulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual a soma dos quadrados dos catetos". Desenvolveu trabalhos na área da filosofia, música, moral, geografia e medicina.

Pitágoras (580?-497? a.C.) nasceu na ilha de Samos, no mar Egeu, Grécia. Desde jovem impressionava os mestres das melhores escolas de Samos. Aos 16 anos foi enviado para Mileto, para estudar com Tales, o maior sábio da época. Logo, Tales reconheceu que nada mais tinha que ensinar ao jovem e passou ele, o mestre, a estudar as descobertas geométricas e matemáticas do aluno.

Adulto, em busca de novos Conhecimentos, Pitágoras foi para a Síria, Arábia, Caldeia, Pérsia, Índia e Egito, onde se fixou e passou mais de 20 anos. Para conhecer melhor os Mistérios da religião egípcia, se fez sacerdote. Quando Cambises conquistou o Egito, Pitágoras foi obrigado a seguir para a Babilônia, onde passou a estudar e descobrir como se desenvolviam as ciências naquela região.

De volta à Samos, Pitágoras encontra a ilha governada pelo ditador Polícrates, que não queria saber nem de escolas nem de templos. Pitágoras parte para Crotone, no sul da Itália, onde se dedica a ensinar aos filhos dos aristocratas. Finalmente funda sua escola, onde leciona aritmética, geometria, música, astronomia, religião e moral.

Pitágoras conseguiu criar uma comunidade religiosa, filosófica e política. Os alunos formados ocupavam altos cargos no governo local. Cientes de sua sabedoria, desprezavam as massas ignorantes e apoiavam os partidos aristocráticos. As massas revoltadas, incendiaram a escola e Pitágoras foi exilado para Metaponto, ao norte, na Lucânia.

O matemático não se contentava em dizer frases, provava e verificava geometricamente um enunciado matemático, ou seja, expressava como teorema. Entre eles os mais conhecidos são: a soma dos ângulos internos de um triângulo, é igual à soma de dois ângulos retos; a superfície de um quadrado é igual à multiplicação de um lado por si mesmo, surgindo a expressão "elevar ao quadrado"; o volume de um cubo é igual a sua aresta multiplicada três vezes por si mesma, originando a expressão elevar ao cubo.

Para Pitágoras a música era o melhor meio de purificar a alma. Os termos criados por ele são usados até hoje, como "média harmônica" e "progressão harmônica". Como astrônomo, seu principal mérito foi conceber o universo em movimento. Como teórico de medicina, achava que o corpo humano era construído basicamente por uma harmonia: homem doente era sinal de harmonia rompida. Como filósofo, deu origem a uma corrente, que inspirou vários pensadores gregos, entre eles Platão.

Pitágoras morreu, na Lucânia, Itália, com mais de oitenta anos.

Biografia Platão

Fonte: E-Biografias

Platão (427 a.C.-347 a.C.) foi um filósofo grego da antiguidade. Foi considerado um dos principais pensadores gregos. Tornou-se discípulo do filósofo Sócrates. Escreveu inúmeros diálogos e cartas, onde a figura principal é Sócrates. Sua filosofia é baseada na teoria de que o mundo que percebemos com nossos sentidos é um mundo ilusório, confuso. O mundo espiritual é mais elevado, eterno, onde está o que existe verdadeiramente, as ideias, que só a razão pode conhecer.

Platão (427 a.C.-347 a.C.) nasceu em Atenas, Grécia. Sua família era uma das mais nobres de Atenas. Seu nome era Arístocles, mas recebeu o apelido de Platão, que em grego significa de ombros largos. Recebeu educação especial, estudou leitura e escrita, ginástica, música, pintura e poesia. Era excelente atleta, participou dos jogos olímpicos como lutador.

Desde cedo tornou-se discípulo de Sócrates. apendendo e conhecendo os problemas e as virtudes humanas. Deixou eternizados os ensinamentos do mestre, escreveu inúmeros diálogos e cartas, onde a figura principal é Sócrates. Realizou estudos em várias parte do mundo, foi para Megara onde estudou Geometria com Euclides, importante matemático da época. Esteve no Egito onde estudou Astronomia. Foi para Cyrene, no norte da África, aperfeiçoar-se em Matemática. Em Crotona, no sul da Itália, manteve contato com os discípulos de Pitágoras, notável filósofo e matemático. Com essa formação desenvolveu suas próprias teorias.

Platão foi um dos mais importantes filósofos de todos os tempos. Suas teorias,chamadas de platonismo, concentram-se na distinção de dois mundos, o visível, sensível ou mundo dos reflexos, o outro é o invisível, ou mundo das ideias.

Em 387 a.C., de volta para Atenas onde fundou sua escola filosófica, "Academia", local que reunia seus discípulos para estudar Filosofia, Ciências, Matemática e Geometria. Adotou o lema de Sócrates "O sábio é o virtuoso". Nos últimos anos de vida escreveu suas obras mais notáveis, cerca de trinta obras chegaram até nossos dias. Em forma de diálogos foram escritas "República", "Protágoras", "Banquete", "Fedro" e "Apologia", entre outras. Quando morreu, em 347 a.C., estava escrevendo "As Leis", um grande tratado. Entre seus discípulos o que mais se destacou foi Aristóteles. A Academia só foi fechada no ano de 529, pelo imperador romano Justiniano.

Biografia Joana D'Arc

Joana D'Arc (1412-1431) foi heroína francesa da Guerra dos Cem Anos, travada entre a França e a Inglaterra. Foi beatificada em 1920 e hoje é a Santa Padroeira da França. Joana acreditou na voz e na ordem que ouvia e lhe encorajava expulsar os ingleses da França e coroar o legítimo rei Carlos VII. Com dezesseis anos viajou para Chinon. Chegando ao castelo foi interrogada por bispos e cardeais e ganhou a confiança de Carlos VII. Recebeu o título de chefe de guerra e liderando a tropa, durante três dias, com violentas investidas expulsou os ingleses na cidade de Orléans. Na Batalha de Compiègne perto de Paris, adversários franceses de Carlos VII conseguiram prender e entregar Joana aos ingleses. Julgada e condenada foi queimada em praça pública no dia 30 de maio, acusada de herege e feiticeira, por um tribunal eclesiástico.

Joana D'Arc (1412-1431) nasceu no vilarejo de Domrémy, França, no dia 6 de janeiro de 1412. Filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée, teve três irmãos e uma irmã. Ajudava o pai no trabalho na terra e na criação de carneiros. Não aprendeu a ler nem escrever. Joana foi criada seguindo os princípios da fé católica e com 12 anos de idade, afirmava que o o arcanjo São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida, apareceram numa grande luz e a ordenaram procurar o príncipe Carlos VII e libertar a cidade de Orléans, que estava em poder dos ingleses, e coroar Carlos VII o soberano da França.

Em 1337 o rei Eduardo III (1327-1377) da Inglaterra, desembarca na França com mais de 20 mil homens. É o início da Guerra dos Cem Anos. Não se tratava de uma guerra entre dois povos constituídos em nações diferentes. Muitos ingleses eram normandos, ou seja, franceses que chegaram à Inglaterra com Guilherme o conquistador; por outro lado, muitos franceses eram bretões, ou seja, ingleses que habitavam há muito tempo o norte da França.

Em 1415, os ingleses obtiveram, através de um tratado, metade do território francês, passando ao domínio do rei Henrique V (1414-1422). A outra metade francesa ficaria sob o domínio de Carlos VI. Com a morte de Carlos VI, foi coroado o filho de Henrique V para sucede-lo, para os franceses o rei seria Carlos VII. As visões de Joana D'Arc lhe ordenava salvar a França e coroar o rei.

Com dezessete anos, Joana resolve pedir uma escolta para acompanhá-la até o príncipe. Viajou dez dias e dez noites e chegou ao Castelo na cidade de Chinon. Interrogada por bispos e cardeais acaba por convencer a todos. Joana ganha confiança de Carlos VII, que depressa entrega-lhe o título de chefe de guerra. Logo parte liderando a tropa e durante três dias, com violentas investidas consegue vencer os inimigos, que batem em retirada. Estava libertada a cidade de Orléans.

Outra cidade importante Reims, também voltou ao poder dos franceses. Carlos VII, agora reconhecido legítimo rei da França foi coroado e consagrado em 17 de julho de 1429, na Catedral de Reims. Diante disso reascenderam as esperanças dos franceses de libertar o país.

Na primavera de 1430, Joana retoma a campanha militar e tenta libertar a cidade de Compiègne, dominada pelos borgonheses, aliados dos ingleses. É presa em 23 de maio do mesmo ano e entregue aos ingleses cujo objetivo era que ela fosse julgada pela Santa Inquisição, o mais elevado tribunal da Igreja na França. O tribunal reuniu-se pela primeira vez em fevereiro de 1431, com a presença do Bispo, um partidário do Duque de Borgonha, aliado à Inglaterra. Seu julgamento foi uma verdadeira tortura, acusada de herege e feiticeira, depois de meses de julgamento é queimada viva, no dia 30 de maio de 1431.

Depois de 25 anos a Igreja reabre seu processo e Joana d'Arc é reabilitada de todas as acusações, torna-se a primeira heroína da nação francesa. No dia 16 de maio de 1920, 500 anos depois, o papa Bento XV a proclama santa. Hoje, Joana D'Arc é a Santa Padroeira da França.

Biografia Piaget

Piaget (1896 - 1980) foi um teórico da educação e psicólogo suíço, considerado um dos maiores no segmento da educação no século 20. Foi o fundador da epistemologia genética, cujo estudo central é a investigação da gênese e desenvolvimento psicológica do pensamento humano.

Filho de um professor, começou a se interessar pela ciência desde a infância e fez parte do "Clube dos Amigos da Natureza” na adolescência, também escrevendo artigos científicos. Em 1918, formou-se em Ciências Naturais pela Faculdade de Ciências da Universidade de Neuchâtel.

Piaget foi estudar psicologia em Zurique, mas voltou aos seus estudos sobre malacologia. Mas a sua estadia e contatos com psicólogos em Sorbonne geraram seus primeiros trabalhos sobre educação e etapas do pensamento infantil: “A linguagem e o pensamento na criança” (1923); “O raciocínio da criança” (1924); “A representação do mundo na criança” (1926); A causalidade física na criança (1927). Outras obras fundamentais são: “O Juízo Moral da Criança” (1926) e a “Gênese das Estruturas Elementares” (1959).

Piaget dividiu o desenvolvimento mental das crianças em: 1) Período do nascimento a aquisição de linguagem; 2) Período no qual, por meio da linguagem, a criança torna capaz de reconstruir ações passadas sob a forma de relato e antecipa ações futuras por meio da representação verbal; 3) Período do pensamento-operativo, onde o sujeito torna-se capaz de lidar com o ponto de vista alheio; 4) período da adolescência, onde o indivíduo passa do pensamento concreto para o hipotético-dedutivo.

Em 1936, Piaget recebeu o primeiro título de "doutor honoris causa" pela Universidade Harvard. Morreu em Genebra, em 1980.

Biografia La Fontaine

La Fontaine (1621-1695) foi poeta e fabulista francês. Autor das fábulas, "A Lebre e a Tartaruga" e o "Lobo e o Cordeiro", entre outras.

Jean de La Fontaine (1621-1695) nasceu em Château-Thierry, na região de Champagne, França, no dia 8 de julho de 1621. Filho de Charles de La Fontaine, superintendente das águas e florestas, e de Françoise Pidoux. Em 1641 ingressou no Oratório de Reins, mas logo viu que a vida religiosa não lhe agradava. Saiu do convento e entrou no curso de Direito, mas também, o estudo das leis, não lhe agradou.

Em 1647, seu pai resolveu casá-lo. A noiva Marie Héricart, tinha dezesseis anos e um dote de 20 000 libras. Onze anos depois seu pai morre e La Fontaine herda o emprego de superintendente das águas e florestas. Mas, convicto que o trabalho realmente não lhe satisfazia, vendeu o cargo, abandonou a mulher e os filhos e rumou para Paris.

Na capital francesa frequentava o ambiente literário, onde conheceu escritores, poetas e dramaturgos importantes, como Corneille, Madame de Sévigné, Boileau, Racine e Molière. Com os três últimos travou importante amizade. Com quatro anos de estada em Paris, escreveu uma comédia, "Clymène", e um poema, "Adônis".

La Fontaine só se tornou conhecido em 1664, com os contos e com suas primeiras fábulas, dedicadas ao filho de Luís XIV. Recebia do rei uma pensão anual de mil francos, e ainda a amizade de Fouquet, superintendente das finanças reais, que lhe concedeu um emprego, para ajudar na sua obra poética.

Quando Fouquet caiu em desgraça perante o rei e foi preso, La Fontaine escreveu para ele sua primeira obra de real valor poético, "Elegia às Ninfas do Sena". La Fontaine que com a publicação de outras fábulas suas, despertou a antipatia de Luís XIV, não ficou desprotegido, duas senhoras da corte, as duquesas de Bouillon e d'Orléans, hospedaram-no em suas mansões.

Em 1663, o escritor foi recebido na Academia Francesa, graças às suas "Fábulas Escolhidas Postas em Verso", publicadas entre 1668 e 1694. Como Acadêmico viveu durante vinte anos na casa de Madame de La Sablière e depois, na mansão de Madame D'Hervart.

Com a aproximação dos escritores Voltaire e Molière, escreveu "Contos" e "Os Amores de Psique e Cupido". Em 1668, foram publicadas as "Fábulas Escolhidas", uma coletânea de fábulas de fundo moral, divididas em 6 partes e dedicadas ao rei Luís XIV. A obra era composta por estórias, cujos personagens principais eram animais. Fez grande sucesso na França. Suas fábulas mais conhecidas são "A Lebre e a Tartaruga", "O Leão e o Rato", e recontou a fábula "A Cigarra e a Formiga", atribuída a Esopo.

Jean de La Fontaine faleceu em Paris, no dia 13 de abril de 1695. Seu corpo foi sepultado no cemitério Père-Lachaise ao lado do dramaturgo Molière, em Paris.

Biografia Jean-Jacques Rousseau

Fonte: E-Biografias

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um filósofo e teórico político suíço. Foi um dos precursores do movimento iluminista na França.

Rousseau nasceu na Genebra e veio de família pobre. Foi educado por pastor protestante. Exerceu vários ofícios: foi gravador e professor de música. Nesse ramo, chegou a escrever duas óperas.

Em 1742, fixou-se em Paris, onde cultivou contatos com filósofos como Diderot. Nesses contatos, amadureceu suas idéias que seriam publicadas em seus livros. Publicou o livro "Discurso Sobre as Ciências e as Artes" (1749), no qual lhe proporcionou uma medalha de ouro como prêmio. No segmento da política, seu livro mais importante é ”o Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens” onde relatou a situação do homem no estado de natureza e aponta que ele tende a fazer parte da sociedade.

Alguns livros trouxeram problemas para Rousseau. “Emílio”, obra pedagógica e “Do Contrato Social” lhe rendeu uma prisão por serem obras consideradas subversivas. Foi perseguido pelos protestantes, mas a convite do filósofo Inglês David Hume, refugiou-se na Inglaterra.

Rousseau passou a vida quase inteira sofrendo de problemas financeiros. Não teve condições de educar os seus filhos, entregando-os ao orfanato.

O pensamento de Rousseau influenciou as idéias da revolução francesa. Rousseau pregava que a liberdade era o valor supremo do homem. Anti-racionalista, foi favorável ao preceito de que os homens nasciam bons, a sociedade é que as corrompiam. Criticava a civilização, acusando-a de dissimulada e hipócrita.

Rousseau morreu em 1778 e seus restos mortais foram transportados para o Panteão de Paris.

Biografia Érico Veríssimo

Érico Veríssimo (1905-1975) foi um escritor brasileiro. "Olhai os Lírio do Campo", é sua obra prima. Foi um dos melhores romancistas brasileiros. Fez parte do segundo tempo modernista. Recebeu o "Premio Machado de Assis" com a obra "Música ao Longe" e o "Premio Graça Aranha" com "Caminhos Cruzados".

Érico Veríssimo (1905-1975) nasceu em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, no dia 17 de dezembro de 1905. Filho de Sebastião Veríssimo da Fonseca e de Abegahy Lopes, família rica e tradicional, que perdeu tudo no começo do século. Estudou no Colégio Venâncio Alves, em Cruz Alta. Com 13 anos já lia autores nacionais como Aluízio Azevedo, Joaquim Manuel de Macedo, Coelho Neto e autores estrangeiros como Dostoievski e Walter Scott. Em 1920 foi para Porto Alegre, estudou no Colégio Cruzeiro do Sul, mas não completou o curso. Voltou para Cruz Alta. Abandonou os planos de cursar uma Universidade.

Em 1925 trabalhou no Banco Nacional do Comércio. Em 1926, tornou-se sócio de uma farmácia. Dava aulas de literatura e inglês. Em 1929, começou escrevendo contos para revistas e jornais. Em 1930, a farmácia foi a falência. Em 1931, casa-se com Mafalda Halfem Volpe, com quem teve dois filhos. Vai definitivamente para Porto Alegre, onde foi contratado para o cargo de secretário de redação da Revista do Globo, onde conviveu com escritores renomados. Em 1932, foi promovido a Diretor da Revista do Globo e atuou no departamento editorial da Livraria do Globo.

Érico Veríssimo fez parte do Segundo Tempo Modernista (1930-1940), onde a literatura traz para reflexão os problemas sociais. Em 1932, o autor publica uma coletânea de contos "Fantoche", foi sua estreia na literatura. Em sua primeira fase a preocupação foi ética e urbana. No romance "Clarissa", tendo Porto Alegra como cenário, traça o perfil psicológico de uma adolescente. "Caminhos Cruzados", é um romance de análise social, em que expõe o drama abismal entre ricos e pobres. A fase de transição do autor é refletida em "O Resto é Silencio", onde o narrador analisa a reação de sete pessoas que presenciam o suicídio de uma moça.

Na segunda fase Érico parte para uma investigação completa do passado histórico do Rio Grande do Sul. "O Tempo e o Vento", são três romances, que trazem um vasto texto épico, onde desfilam as famílias do patriarcalismo gaúcho. "Ana Terra" é a protagonista do primeiro volume da trilogia. A cena se passa no Rio Grande do Sul, e relata o drama de uma família de pioneiros gaúchos. A terceira fase apresenta romances de aberta reação ao sistema político do século XX, é o caso do "Senhor Embaixador". No romance "O Prisioneiro", pretendeu o autor, como ele disse, "fazer uma espécie de parábola moderna sobre a guerra e o racismo".

Érico Veríssimo foi para os Estados Unidos, em 1941, em missão cultural, a convite do Departamento de Estado americano. Temendo a ditadura do governo Vargas, em 1943, foi lecionar Literatura brasileira, na Universidade de Berkeley, na Califórnia. Em 1953, ocupou o posto de Diretor do Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana. O registro de suas viagens foi descrito nos livros "Gato Preto em Campo de Neve" e "A Volta do Gato Preto".

Em 1969, a casa onde nasceu Veríssimo, é transformada em Museu. Sua obra "Música ao Longe", recebeu o Prêmio Machado de Assis e "Caminhos Cruzados", recebeu o Prêmio Graça Aranha. Em 1973, escreveu o primeiro volume da trilogia de sua auto-biografia "Solo de Clarineta", mas não completou o segundo volume. Seu filho Luis Fernando Veríssimo, nascido em 1936 é autor de livros famosos como O Analista de Bagé e Comédia da Vida Privada.

Érico Lopes Veríssimo morreu vítima de enfarte no dia 28 de novembro de 1975.

Obras de Érico Veríssimo
Fantoche, contos, 1932
Clarissa, ficção, 1933
Caminhos Cruzados, ficção, 1935
Música ao Longe, ficção, 1935
A Vida de Joana D'Arc, biografia, 1935
Um Lugar ao Sol, ficção, 1936
As Aventuras do Avião Vermelho, literatura infantil, 1936
Rosa Maria no Castelo Encantado, literatura infantil, 1936
Os Três Porquinhos, literatura infantil, 1936
Meu ABC, literatura infantil, 1936
As Aventuras de Tibicuera, romance didático, 1937
O Urso com Música na Barriga, 1938
Olhai os Lírios do Campo, ficção, 1938
A Vida do Elefante Basílio, 1939
Outra Vez os Três Porquinhos, 1939
Viagem à Aurora do Mundo, 1939
Aventuras no Mundo da Higiene, 1939
Saga, ficção, 1940
Gato Preto em Campo de Neve, impressões de viagem, 1941
As Mãos de Meu Filho, contos, 1942
O Resto é Silencio, ficção, 1942
A Volta do Gato Preto, impressões de viagem, 1946
O Tempo e o Vento I, O Continente, 1948
O Tempo e o Vento II, O Retrato, 1951
Noite, novela, 1954
Gente e Bichos, 1956
O Ataque, novelas, 1959
O Tempo e o Vento III, O Arquipélago, 1961
O Senhor Embaixador, 1965
O Prisioneiro, 1967
Israel em Abril, 1969
Incidente em Antares, 1971
Solo de Clarineta, memórias, vol.I, 1973; Vol.II, 1975

Fonte: E-Biografias

Biografia Luis Fernando Veríssimo

Luis Fernando Veríssimo (1936) é escritor brasileiro. Famoso por suas crônicas e contos de humor. É também jornalista, tradutor, roteirista de programas para televisão e músico. É filho do escritor Érico Veríssimo.

Luís Fernando Veríssimo (1936) nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 26 de setembro de 1936. Filho do escritor Érico Veríssimo e de Mafalda Halfen Volpe. Em 1941 sua família foi morar nos Estados Unidos, onde fez o curso primário em São Francisco e Los Angeles. Fez o curso secundário no Roosevelt High School, em Washington. Desenvolveu o gosto pelo Jazz, chegando a ter aulas de saxofone.

Em 1956, de volta ao Brasil, retornou para Porto Alegre, onde começou a trabalhar na Editora Globo, no departamento de arte. Em 1960 passou a integrar o conjunto musical Renato e seu Sexteto. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como tradutor e redator publicitário. Em 1963 casou-se com a carioca Lúcia Helena Massa , com quem teve três filhos.

Em 1967, voltou para Porto Alegre, ingressou no jornal Zero Hora, trabalhando como revisor de textos. A partir de 1969 passou a assinar sua própria coluna diária. No mesmo ano passou a redigir para a agência de publicidade MPM Propaganda.

Entre 1970 e 1975 trabalhou no jornal Folha da Manhã, escrevendo sobre esporte, música, cinema, literatura e política. Seus contos eram sempre bem humorados. Em 1973 publicou "O Popular", uma coletânea de textos já publicados nos jornais onde trabalhava.

Em 1975 retornou ao jornal Zero Hora e passou a escrever para o Jornal do Brasil. Nesse mesmo ano publicou "A Grande Mulher Nua". Em 1979 publica "Ed Mort e Outras Histórias", livro de crônicas, cujo personagem viria a ser um dos mais populares de sua obra. Entre 1980 e 1981 morou em Nova Iorque, época em que escreveu "Traçando Nova Iorque".

Luís Fernando Veríssimo lança em 1981, na Feira do Livro de Porto Alegre, o livro de crônicas "O Analista de Bagé", que se esgotou em dois dias. Entre 1982 e 1989, foi redator semanal, com artigos bem humorados, para a revista Veja. Em 1994 publica "Comédias da Vida Privada", que foi adaptada para minissérie na televisão. Em 1995 passou a integrar o grupo Jazz 6, que lançou os CDs "Agora é Hora" (1997, "Speak Low" (2000), "A Bossa do Jazz" (2003) e "Four" (2006).

Em 2003, seu livro "Clube dos Anjos", na versão em inglês (The Club of Angels), foi escolhido pela New York Public Library, um dos 25 melhores livros do ano. Em 2004 recebeu o Prix Deus Oceans do Festival de Culturas Latinas de Biarritz, França. Recebeu o prêmio Juca Pato e foi considerado o Intelectual do ano pela União Brasileira de Escritores em 1997.

No dia 21 de novembro de 2012, o escritor foi internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, em consequência do agravamento de uma gripe do tipo influenza A. Durante 24 dias de internação, 12 foram passados na UTI. Já recuperado, recebeu alta no dia 14 de dezembro. No dia 3 de janeiro, escreve sua primeira coluna para o jornal Estado de São Paulo.

Obras de Luís Fernando Veríssimo
O Popular, crônicas, 1973
A Grande Mulher Nua, crônicas, 1975
Amor Brasileiro, crônicas, 1977
O Rei do Rock, crônicas, 1978
Ed Mort e Outras Histórias, crônicas, 1979
Sexo na Cabeça, crônicas, 1980
O Analista do Bagé, crônicas, 1981
A Mesa Voadora, crônicas, 1982
Outras do Analista de Bagé, crônicas, 1982
O Gigolô da Palavras, crônicas, 1982
A Velhinha de Taubaté, crônicas, 1983
A Mulher do Silva, crônicas, 1984
A Mãe de Freud, crônicas, 1985
O Marido do Doutor Pompeu, crônicas, 1987
Zoeira, crônicas, 1987
O Jardim do Diabo, romance, 1987
Noites do Bogart, crônicas, 1988
Orgias, crônicas, 1989
Pai Não Entende Nada, crônicas, 1990
Peças Íntimas, crônicas, 1990
O Santinho, crônicas, 1991
Humor Nos Tempos de Collor, crônicas, 1992
O Suicida e o Computador, crônicas, 1992
Comédias da Vida Privada, crônicas, 1994
Comédias da Vida Pública, crônicas, 1995
Novas Comédias da Vida Privada, crônicas, 1997
A Versão dos Afogados, crônicas, 1997
Gula - O Clube dos Anjos, romance, 1998
Aquele Estranho Dia Que Nunca Chega, crônicas, 1999
Histórias Brasileiras de Verão, crônicas, 1999
As Noivas do Grajaú, crônicas, 1999
Todas as Comédias, crônicas, 1999
Festa de Criança, infanto-juvenil, 2000
Comédias Para Se Ler Na Escola, crônicas, 2000
As Mentiras que os Homens Contam, crônicas, 2000
Todas as Histórias do Analista de Bagé, contos, 2002
Banquete Com os Deuses, crônicas, 2002
O Opositor, romance, 2004
A marcha, crônicas, 2004
A Décima Segunda Noite, romance, 2006
Mais Comédias Para Se Ler Na Escola, contos, 2008
Os Espiões, romance, 2009

Biografia Luís de Camões

Luís de Camões (1525-1580) foi poeta português. Autor do poema "Os Lusíadas", uma das obras mais importantes da Literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior poeta do Classicismo português.

Luís de Camões (1525-1580) nasceu em Coimbra ou Lisboa, não se sabe o local exato nem o ano de seu nascimento, supõe-se por volta de 1525. Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo, ingressa no Exército da Coroa de Portugal e em 1547 embarca como soldado para a África, participa da guerra contra os Ceuta, no Marrocos, onde em combate perde o olho direito.

Em 1552, de volta à Lisboa frequenta tanto os serões da nobreza como as noitadas populares. Numa briga feriu um funcionário real e foi preso. Embarca para a Índia em 1553, onde participa de várias expedições militares. Em 1556 vai para a China, também em várias expedições. Em 1570 volta para Lisboa, já com os manuscritos do poema "Os Lusíadas", que foi publicado em 1572, com a ajuda do rei D. Sebastião.

O poema "Os Lusíadas", funde elementos épicos e líricos e sintetiza as principais marcas do Renascimento português: o humanismo e as expedições ultramarinas. Inspirado em A Eneida de Virgílio, narra fatos heroicos da história de Portugal, em particular a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama. No poema, Camões mescla fatos da História Portuguesa a intrigas dos deuses gregos, que procuram ajudar ou atrapalhar o navegador.

Um aspecto que diferencia Os Lusíadas das antigas epopeias clássicas é a presença de episódios líricos, sem nenhuma relação com o tema central que é a viagem de Vasco da Gama. Entre os episódios, destaca-se o assassinato de Inês de Castro, em 1355, pelos ministros do rei D. Afonso IV de Borgonha, pai de D. Pedro, seu amante.

Luís de Camões é o poeta erudito do Renascimento, se inspira em canções ou trovas populares e escreve poesias que lembram as cantigas medievais. Revela em seus poemas uma sensibilidade para os dramas humanos, amorosos ou existenciais. A maior parte da obra lírica de Camões é composta de sonetos e redondilhas, de uma perfeição geométrica, sem abuso de artifícios, tudo parece estar no lugar correto.

No século XVI, em todos os reinos católicos, os livros deveriam ter a aprovação da Inquisição para serem publicados. Isso ocorreu com "Os Lusíadas", conforme texto de frei Bartolomeu, onde comenta as características da obra e ressalva que a presença de deuses pagãos não devem preocupar porque não passa de recurso poético do autor.

Uma das amadas de Camões foi a jovem chinesa Dinamene, que morreu afogada em um naufrágio. Diz a lenda que Camões conseguiu salvar o manuscrito de Os Lusíadas, segurando com uma das mãos e nadando com a outra. Camões escreve vários sonetos lamentando a morte da amada. O mais famoso é "A Saudade do Ser Amado". Camões deixou além de "Os Lusíadas", um conjunto de poesias líricas e as comédias "El-Rei Seleuco", "Filodemo" e "Anfitriões".

Luís Vaz de Camões morre em Lisboa, Portugal, no dia 10 de junho 1580, em absoluta pobreza.

Fonte: E-Biografias

Biografia Pedro Bandeira

Pedro Bandeira (1942) é escritor brasileiro de livros infanto-juvenis. Destacou-se com a obra "A Droga da Obediência". Recebeu, entre outros, o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro em 1986, e a Medalha de Honra ao Mérito Bráz Cubas, da cidade de Santos, em maio de 1012.

Pedro Bandeira (1942) nasceu em Santos, São Paulo, em 9 de março de 1942. Estudou o curso primário no Grupo Escolar Visconde de São Leopoldo. O ginásio e o curso científico no Instituto de Educação Canadá. Dedicou-se ao teatro amador, até mudar para a capital, onde estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP). Casou-se com Lia, com quem teve três filhos: Rodrigo, Marcelo e Maurício.

Além de professor de Literatura Brasileira e Portuguesa, para o ensino médio, trabalhou em teatro profissional até 1967 como ator, diretor, cenógrafo e com teatro de bonecos. Mas, desde 1962, já trabalhava também na área de jornalismo e publicidade, começando na revista "Última Hora" e depois na "Editora Abril", onde escreveu para diversas revistas e foi convidado a participar de uma coleção de livros infantis.

Em 1972 começou a escrever histórias para crianças, publicadas em revistas e vendidas em bancas de jornal. Em 1983 publica seu primeiro livro "O Dinossauro Que Fazia Au-Au", voltado para as crianças, que fez um grande sucesso. Mas foi com "A Droga da Obediência", voltado para adolescentes, que ele considera seu público alvo, que se consagrou.

Desde 1983, Pedro Bandeira dedicou-se inteiramente à literatura. Ele garante que a experiência em jornais e revistas o ajudaram como escritor, uma vez que o jornalista é obrigado a estar preparado para escrever sobre quase tudo. Ele escrevia para revista de adolescente e para publicações técnicas. Foi aprendendo a criar um estilo para cada público.

Estudou psicologia e educação para entender em que faixa etária a criança acha o pai herói, com qual idade acha ele um idiota e quando está pronta para questionar tudo e todos. "Sem esse conhecimento é impossível criar um personagem com o qual o leitor que você pretende atingir se identifique". A inspiração para cada história, segundo o autor, vinha de livros que leu e nos acontecimentos de sua própria vida.

Criatividade nunca faltou ao santista, mas quando isso acontece, Pedro abre o e-mail de seu computador e começa a ler mensagens e cartas que recebe semanalmente de seus leitores de todo Brasil. "As vezes tiro idéias das cartas porque o conteúdo das mensagens são os mais diversos. Tem quem pede conselho sentimental, outros dizem que não se dão bem com os pais e já recebi até carta de presidiário. Tento responder a todas".

Pedro Bandeira é o autor de Literatura Juvenil mais vendido no Brasil e, como especialista em técnicas especiais de leitura, profere conferências para professores em todo o Brasil.

Obras de Pedro Bandeira
A Baleiazinha;
A Contadora de Histórias;
A Droga da Obediência;
A Droga do Amor;
A Edição da Criançada;
A Formiga e a Pomba;
A Hora da Verdade;
A Marca da Lágrima;
A Onça e o Saci;
A Roupa Nova do Rei;
Agora Estou Sozinha;
Alice no País da Mentira;
Anjo da Morte;
Brincadeira Mortal;
Caras, Carinhas e Caretas;
Cidinha e a Pulga da Cidinha;
Como Conquistar essa Garota;
De Punhos Cerrados;
Desastre na Mata;
Droga de Americana!;
É Proibido Miar;
Eu Quero Ficar com Você;
Gente de Estimação;
Histórias Apaixonadas;
Ideia Solta no Ar;
Mais Respeito Eu Sou Criança;
Mariana;
O Dinossauro Que Fazia Au-Au;
O Guizo do Gato;
O Medo e a Ternura;
O Mistério da Fábrica de Livros;
O Melhor Presente;
O Patinho Feio;
O Poeta e o Cavaleiro;
O Vírus Final;
Obrigado Mamãe;
Pântano de Sangue;
Par de Tênis;
Pequeno Pede Tudo;
Pequeno Polegar;
Pirilim;
Por Enquanto Eu Sou Pequeno;
Prova de Fogo;
Rosa Flor e a Moura Torta;
Um Crime Mais Que Perfeito.

Biografia Chico Xavier

Chico Xavier (1910-2002) foi um médium brasileiro, reconhecido como o maior psicógrafo de todos os tempos. Com 4 anos de idade já via e ouvia os espíritos e conversava com eles. Com 5 anos ficou órfão de mãe e foi entregue aos cuidados da madrinha, que lhe castigava por qualquer motivo. Várias vezes ouviu sua falecida mãe dizer que enviaria um anjo para reunir novamente a família. A segunda esposa de seu pai, Cidália Batista reuniu todos os seus irmãos e ainda teve mais cinco filhos.

Sua personalidade lhe causava vários problemas na escola. Com 17 anos iniciou os estudos do espiritismo e fundou o Centro Espírita Luiz Gonzaga. Iniciou-se na prática da psicografia escrevendo dezessete páginas. Publicou vários livros com mensagens e criou sua fundação para ajudar os pobres. Exerceu várias funções para ajudar no sustento da família e aposentou-se pelo Ministério da Agricultura. Chico personifica o espiritismo no Brasil. Figura popular era procurado por grande número de pessoas que queriam conselhos e contato com entes falecidos. Segundo a Federação Espírita do Brasil Chico Xavier participou de sua primeira reunião espírita em 7 de maio de 1927.

Chico Xavier (1910-2002) nasceu no dia 2 de abril em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Filho do operário inculto e humilde e da lavadeira Maria João de Deus. O casal teve nove filhos que ficaram órfão de mãe quando Chico tinha cinco anos de idade. Seu pai se viu obrigado a entregar alguns dos seus nove filhos aos cuidados de pessoas amigas e Chico Xavier ficou aos cuidados de sua madrinha, mulher nervosa que o maltratava cruelmente. Várias vezes ouvia sua falecida mãe dizer que enviaria um anjo para reunir toda a família. A segunda esposa de seu pai, reuniu todos os seus irmãos e ainda teve mais cinco filhos.

A situação era difícil. O salário do chefe da família dava escassamente para o necessário e os meninos precisavam estudar. Foi então que a boa madrasta teve a ideia de fazer uma horta e vender os legumes. Em algumas semanas, o menino já estava na rua com o cesto de verduras. Desta forma, conseguiram melhorar a renda e voltar a frequentar as aulas.

Em janeiro de 1919, com a saída do chefe da casa para o trabalho e das crianças para a escola, a madrasta era obrigada, algumas vezes, a deixar a casa pois precisava buscar lenha. Foi então que a vizinha, se aproveitando da ausência de todos, passou a colher as verduras sem permissão da família. Preocupada a madrasta não querendo ofender a amiga, pediu a Chico Xavier que pedisse um conselho ao espírito de sua mãe. O menino foi ao quintal e rezou como fazia sempre que queria conversar com sua mãe e lhe contou o problema. Sua mãe lhe disse que realmente não deviam brigar com os vizinhos e lhe deu a sugestão de que toda vez que sua madrasta se ausentasse, entregasse a chave de casa a vizinha, para que ela tomasse conta da casa. Dessa forma, a vizinha, responsável pela casa, não tocou mais nas hortaliças.

Passados todos esses problemas, o menino não viu sua genitora com tanta frequência. Mas passou a ter sonhos. À noite, levantava-se agitado e conversava com os espíritos. De manhã, contava as peripécias de pessoas mortas, coisas que ninguém podia compreender. O pai resolveu levá-lo ao vigário de Matozinhos, que, após ouvi-lo, recomendou que o garoto não lesse mais jornais, revistas e livros. Disse-lhe que ninguém volta a conversar depois da morte. O menino chorava nos braços de sua madrasta, criatura piedosa e compreensiva.

Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém, escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros. Deveria aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebida em sonho, que a seguisse. Precisava aprender a obediência para que Deus um dia lhe concedesse a confiança dos outros. E durante 7 anos consecutivos, de 1920 a 1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe.

Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja. Confessava-se, comungava, comparecia pontualmente a missa e acompanhava as procissões. Levantava cedo para começar as tarefas escolares e em seguida seguia para o serviço da fábrica onde trabalhava de três da tarde, para sair as onze da noite.

Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho começava das seis e meia da manhã e seguia até oito da noite. As perturbações noturnas continuaram, depois de dormir, caia em transe profundo. Em 1927 uma de suas irmãs caiu doente. Um casal de espíritas, reunido com familiares da doente, realizaram a primeira sessão espírita que teve lugar em sua casa. Na mesa, dois livros, "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec. Ouviu da mãe: "Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente. Os livros a nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos".

A primeira e única professora de Chico que descobriu sua mediunidade psicográfica foi D. Rosália. Fazia passeios campestres com os alunos que deveriam, no dia seguinte, levar-lhe uma composição, descrevendo o passeio. A de Chico tirava sempre o primeiro lugar. Desconfiada, D. Rosália, um dia, fez o passeio mais cedo e, na volta, pediu que os alunos fizessem a composição em sua presença. Chico, novamente, tira o primeiro lugar, escrevendo uma verdadeira página literária sobre o amanhecer e daí tirando conclusões evangélicas. Rosália mostrou aos amigos íntimos a composição e todos foram unânimes em reconhecer que aquilo, se não fora copiado, era então dos espíritos.

Ao entrar para o funcionalismo público, como datilógrafo, na Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, começa a demonstrar sua admiração pela natureza. Distante 6 quilômetros da cidade, despertou seu amor pela natureza. Vê em tudo poesia e oração, vida, verdade, luz, beleza e amor. Acima de tudo sente a presença de Deus.

Em 7 maio de 1927 foi realizada a primeira sessão espírita no lar dos Xavier, em Pedro Leopoldo. Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário. Em fins de 1927 o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem frequentado. As reuniões eram realizadas nas segundas e sextas-feiras.

A nova sede do Grupo Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local onde se erguia, antigamente, a casa de Maria João de Deus, mãe de Chico Xavier. Em 8 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em público. Seu primeiro livro psicografado foi publicado em 1931. Nesse mesmo ano Chico passou a receber as primeiras poesias de "Parnaso de Além-Túmulo", que foi lançado em julho de 1932. Em 1950, Chico Xavier já havia escrito pela sua psicografia, mais de 50 livros.

Vivia num ritmo constante de atividades mediúnicas, estava conhecidíssimo no Brasil e em vários outros países. Seus livros versavam sobre assuntos filosóficos, científicos e sobretudo, realçando os Evangelhos, escrevendo e traduzindo, de forma clara e precisa, as Lições do Livro da Vida.

Em 5 de janeiro de 1959 mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã. Deu início a famosa peregrinação. Aos sábados, saindo da "Comunhão Espírita-Cristã", o bondoso médium visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas. Sob a luz das estrelas e de um lampião que seguia a frente, iluminando as escuras ruas da periferia, ia contando fatos de grande beleza espiritual.

A cidade de Uberaba, transformou-se num pólo de atração de inúmeros visitantes das mais variadas regiões do Brasil, e até mesmo do exterior, que aqui aportam com o objetivo de conhecer o médium. Aqueles que conhecem a sua vida e a sua obra não medem distâncias para vê-lo. Seu trabalho sempre consistiu na divulgação doutrinária e em tarefas assistenciais, aliadas ao evangélico, prestando esclarecimentos e reconforto aos que o procuravam.

Os direitos autorais de seus livros publicados, são cedidos, gratuitamente, às editoras espíritas ou a quaisquer outras entidades. Chico psicografou 451 livros, reproduzia o que os espíritos lhe transmitiam. Seus livros foram traduzidos para vários países. Psicografou várias cartas de mortos para suas famílias.

Chico morreu no dia 30 de junho, de parada cardíaca, após reclamar de dores no peito e nas costas, segundo sua família. Encontrado morto em seu quarto, na cidade de Uberaba, pelo filho adotivo Eurípedes Humberto.

Biografia Luiz Gonzaga

Luiz Gonzaga (1912-1989) foi músico brasileiro. Sanfoneiro, cantor e compositor, recebeu o título de "Rei do Baião". Foi responsável pela valorização dos ritmos nordestinos, levou o baião, o xote e o xaxado, para todo o país. A música "Asa Branca" feita em parceria com Humberto Teixeira, gravada por Luiz Gonzaga no dia 3 de março de 1947, virou hino do nordeste brasileiro.

Luiz Gonzaga (1912-1989) nasceu na Fazenda Caiçara, em Exu, sertão de Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912. Filho de Januário José dos Santos, o mestre Januário, "sanfoneiro de 8 baixos" e Ana Batista de Jesus. O casal teve oito filhos. Luiz Gonzaga desde menino já tocava sanfona. Aos 13 anos, com dinheiro emprestado compra sua primeira sanfona.

Em 1929, por causa de um namoro, proibido pela família da moça, Luiz Gonzaga foge para a cidade de Crato no Ceará. Em 1930 vai para Fortaleza, onde entra para o exército. Com a Revolução de 30 viaja pelo país. Em 1933, servindo em Minas Gerais, é reprovado num concurso de músico para o exército, passa a ser o corneteiro da tropa. Tem aulas de sanfona com o soldado Domingos Ambrósio.

Luiz Gonzaga deixa o exército, depois de nove anos sem dar notícias à família. Foi para o Rio de Janeiro e passou a se apresentar em bares, cabarés e programas de calouros. Em 1940 participa do programa de Calouros da Rádio Tupi e ganha o primeiro lugar, com a música "Vira e Mexe".

Tocando como sanfoneiro da dupla Genésio Arruda e Januário, é descoberto e levado pela gravadora RCA Vitor, a gravar seu primeiro disco. O sucesso foi rápido, vários outro discos foram gravados, mas só em 11 de abril de 1945 grava seu primeiro disco como sanfoneiro e cantor, com a música "Dança Mariquinha". Em 23 de setembro nasce seu filho Gonzaguinha, fruto do relacionamento com a cantora Odaléia Guedes. Nesse mesmo ano conhece o parceiro Humberto Teixeira.

Depois de 16 anos Luiz volta para sua terra natal. Vai ao Recife e se apresenta em vários programas de rádio. Em 1947 grava "Asa Branca", feita em parceria com Humberto Teixeira. Em 1948 casa-se com a cantora Helena Cavalcanti. Em 1949 leva sua família para morar no Rio de Janeiro. As parcerias com Humberto Teixeira e com Zédantas rendeu muitas músicas. Gonzaga e seu conjunto se apresentam em várias partes do país.

Em 1980, Luiz Gonzaga canta para o Papa Paulo II, em Fortaleza. Canta em París a convite da cantora amazonense Nazaré Pereira. Recebe o prêmio Nipper de ouro e dois discos de ouro pelo disco "Sanfoneiro Macho". Em 1988 se separa de Helena e assume o relacionamento com Edelzita Rabelo.

Luiz Gonzaga é internado no Recife, no Hospital Santa Joana, no dia 21 de junho de 1989, e no dia 2 de agosto falece.

Em 2012, se comemora 100 anos do nascimento de Luiz Gonzaga. É lançado o filme "De Pai Para Filho", narrando a relação entre Gonzaga e Gonzaguinha. O artista recebe várias homenagens em todo o país.

Sucessos de Luiz Gonzaga
Asa Branca
Luar do Sertão
Súplica Cearense
A Feira de Caruaru
No Meu pé de Serra
A Triste Partida
Assum Preto
Olha Pró Céu
Balance Eu
Paraíba
Pau de Arara
Cintura Fina
Danado de Bom
Riacho do Navio
Xote das Meninas
No Ceará Não Tem Disso Não
Numa Sala de Reboco
Respeita Januário
Pagode Russo
Último Pau de Arara
O Fole Roncou
Zé Matuto
Dezessete e Setecentos
Dança Mariquinha
Baião de Dois
ABC do Sertão

Biografia Johann Sebastian Bach

Johann Sebastian Bach (1685-1750) foi músico, compositor e organista alemão, considerado um dos maiores artistas da humanidade, fazendo parte da tríade dos maiores músicos eruditos ao lado de Beethoven e Mozart.

Johann Sebastian Bach nasceu em Eisenach, Alemanha. Descendente de uma linhagem de músicos luteranos conhecidos na província da Turíngia, parte central da Alemanha. Seu pai era violonista, instrumento que praticamente o iniciou no mundo da música. O tio de Bach também foi importante para que aprendesse instrumentos importantes na sua carreira, como o cravo e órgão.

Bach ficou órfão cedo. Quando tinha apenas nove anos sua mãe morreu. Aos dez, perdeu o pai. Foi criado pelo seu irmão, Johann Cristoph, que lhe ensinou as regras de composição, embora fosse complicado para o jovem Bach estudar com freqüência os exercícios musicais.

Aos 18 anos foi nomeado organista da igreja de Arnstadt, quando já tinha ótima formação musical devido à sua capacidade de absorção de todo conhecimento da música existente em sua época.

Contrariando os seus superiores, manteve uma mulher no coro, a sua prima Maria Bárbara, com quem casou posteriormente. Demitido, foi nomeado organista na igreja de São Brás, em Müllhausen. No outro ano, foi aceito como mestre de capela de Weimar, onde compôs excelentes obras para órgão, porém, foi censurado pelo conselho da cidade pelo seu forte temperamento e caráter de suas composições, consideradas “floreadas” e agressivas ao gosto da época. Pediu demissão, o que não foi aceito pelo duque de Weimar, por isso, ficou preso durante um mês.

Depois de Weimar, Bach serviu ao príncipe da província de Köthen, Leopold, onde só comporia música instrumental e profana. Viveu dias felizes naquele lugar, porém, com o casamento do príncipe com uma aristocrata pouco afeita à música e a morte de Maria Bárbara, a esposa de Bach, mudaria seu rumo para a cidade de Leipzig, onde trabalhou até o fim da vida. Casou-se com a sua aluna, a soprano Anna Madalena, com quem viveu até fim da vida.

Em Leipizg, Bach teve de atuar como kantor- profissional responsável pelas aulas de latim na Escola e pelas músicas da igreja de São Tomás. Lá, compôs boa parte de suas cantatas, contabilizando mais de 200. Não teve vida fácil, sendo, inclusive, injustiçado com diminuição do salário e prejudicado pelos superiores por excesso de trabalho.

O único triunfo e reconhecimento como compositor em vida foi a apresentação junto ao rei da Prússia, Frederico II, quando compôs uma variação para um tema dado pelo monarca, o que originou a “Oferenda Musical”, composta já no fim de sua vida.

Bach foi responsável por composições que se tornaram patrimônio artístico ocidental: a “Paixão Segundo São Mateus”, “Concertos de Brandemburgo”, “O Cravo bem Temperado”, as cantatas, “Variações Goldberg”, “Concertos para violino”, os oratórios, a “Grande Missa” e a "Arte da Fuga”, esta composta no fim da vida quando já se encontrava cego.

Bach morreu com 65 anos, vítima de derrame provocada por uma cirurgia ocular.

Biografia Ludwig Van Beethoven

Ludwig van Beethoven (1770-1827) foi compositor alemão. A "Nona Sinfonia" foi a obra que o consagrou no mundo inteiro. Em 1814, era reconhecido como o maior compositor do século.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) nasceu em Bonn, Alemanha, no dia 16 de dezembro de 1770. Filho de Johann van Beethoven e Maria Magdalena Kewerich. Seu avô era maestro da capela na corte da cidade de Colônia. Seu pai percebendo que o filho tinha talento incomum para a música, o obrigava a estudar todos os dias, durante horas.

Com oito anos de idade estudou com o melhor mestre de cravo da cidade. Com onze anos compôs suas primeiras peças. Com treze anos, Ludwig ajudava no sustento da casa, trabalhava como músico de orquestra e professor. Seu pai vivia entregue à bebida, o que causava problemas emocionais ao filho. Era um adolescente tímido e melancólico, vivia entregue a devaneios e distrações. Em 1784, Beethoven conhece Waldstem, um jovem conde e tornam-se amigos. O conde percebendo o talento do amigo o manda para Viena, estudar com Joseph Haydn.

Com a morte de sua mãe, Beethoven volta para Bonn, onde começa a fazer cursos de literatura, já que saíra da escola com apenas 11 anos. Teve seus primeiros contatos com as idéias da Revolução Francesa, com o "Iluminismo" e com o movimento romântico "Tempestade e Ímpeto", correntes lideradas por Goethe e Schiller. Esses ideais se tornaram fundamentais na arte de Beethoven. Em 1792, Beethoven parte definitivamente para Viena, vai estudar com Haydn, novamente por intermédio do conde Waldstein.

A aprendizagem com o velho mestre não foi tão frutífera quanto se esperava. Haydn era afetuoso, mas um tanto descuidado, e Beethoven logo tratou de arranjar aulas com outros professores, para complementar seu estudo. Entre 1793 e 1795 publicou "opus 1", uma coleção de três trios para piano, violino e violoncelo e as 3 "Sonatas para Piano". Tinha boa convivência com a sociedade vienense, que lhe fora facilitada pela recomendação de Waldstein. Era um pianista virtuose de sucesso nos meios aristocráticos, e soube cultivar admiradores.

Em 1796, surgiram os primeiros sintomas de uma grande tragédia, a surdez. Na volta de uma turnê, foi diagnosticada uma congestão dos centros auditivos internos. Fez vários tratamentos e escondeu o problema de todos. Entre 1796 e 1798 publica a "Op7", a "Op10" e a "Quarta Sonata para Piano em Mi Maior", a "Quinta em Dó Maior", a "Sexta em Fá Maior" e a "Sétima em Ré Maior". Dez anos depois, em 1806, revela seu problema, em uma frase anotada nos esboços do "Quarteto nº9".

Beethoven nunca se casou. Em 1815, seu irmão Karl morre, deixando um filho de oito anos para ele e a mãe cuidarem. Porém Beethoven nunca aprovou a conduta da mãe da criança e lutou na justiça para ser seu único tutor. Foram meses de um desgastante processo judicial que acabou com o ganho de causa dado ao compositor. Nos anos seguintes, Beethoven entra em depressão, da qual só sairia em 1819. A década seguinte seria um período de obras-primas. Foram 44 obras, entre elas a "Sinfonia nº9 em Ré Menor".

Foi nessa atividade, cheio de planos para o futuro, que ficou gravemente doente, uma pneumonia, além de cirrose. Ludwig van Beethovem morre em Viena, no dia 26 de março de 1827.

Biografia Wolfgang Amadeus Mozart

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) foi músico e compositor austríaco, considerado um dos maiores da música erudita e um dos compositores mais prolíficos da história da música.

O nome de batismo era Joannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart, porém, o “Amadeus” foi incluído por conta do apelo italiano, cuja música era forte nos séculos 15 a 18. Nasceu em Salzburg e foi atração principal em muitas cortes europeias pela sua precocidade, pois já tocava cravo e piano com apenas três anos e aos cinco já tinha composto algumas peças musicais. Além da genialidade, Mozart tinha o estímulo de seu pai, Leopold Mozart, que o preparou para o mundo musical e acompanhou até a morte do filho.

Mozart é considerado um dos músicos mais produtivos e prolíficos, a exemplo de Bach, Haydn e Handel. Viveu no período do chamado classicismo da música, cujo estilo era representado pela valorização da melodia e o apreço à arte graciosa e simples, em detrimento das complexidades harmônicas do barroco. Mozart, embora em grande parte da obra fizesse uso do estilo vigente, sobressaiu-se ao estilo da época.

Mozart escreveu muitas obras-primas. Óperas (“O Rapto do serralho”, “Idomeneo-Rei de Creta”, “A Bodas de Fígaro”, “Così Fan Tutte”). Mas nesse gênero, a maçônica “Flauta Mágica” e a trágica "Dom Giovanni" são proeminentes. Escreveu várias obras sacras, várias missas, dessas, as mais famosas são “A Grande Missa” e o inacabado “Réquiem”, esta última composta pouco antes da morte do músico. Escreveu também muitas obras de câmara, sonatas, variações e 41 sinfonias.

Mozart morreu pobre e foi enterrado numa vala comum. Não se sabe onde foi sepultado. As circunstâncias de sua morte também são desconhecidas, mas existem hipóteses de que morreu de sífilis ou de uma infecção generalizada.

Biografia Karl Marx

Karl Marx (1818–1883) foi filósofo e revolucionário alemão. Criou as bases da doutrina comunista, onde criticou o capitalismo. Sua filosofia exerceu influência em várias áreas do conhecimento, tais como Sociologia, Política, Direito, Teologia, Filosofia, Economia, entre outras.

Karl Marx (1818-1883) nasceu em Trèves, cidade ao sul da Prússia Renana, na fronteira da França, no dia 5 de maio de 1818. Filho de Herschel Marx, advogado e conselheiro da justiça, descendente de judeu, era perseguido pelo governo absolutista de Frederico Guilherme III. Em 1835 concluiu o curso ginasial no Liceu Friedrich Wilhelm. Ainda nesse ano e boa parte de 1836, Karl estudou Direito, História, Filosofia, Arte e Literatura na Universidade de Bonn.

No final de 1836, vai para Berlim, onde se propagam as ideias de Hegel, destacado filósofo e idealista alemão. Marx se alinha com os "hegelianos de esquerda", que procuram analisar as questões sociais, fundamentados na necessidade de transformações na burguesia da Alemanha. Entre 1838 e 1840, dedica-se a elaboração de sua tese, em busca de um cargo de professor. Em 1841, na Universidade de Iena, apresenta o trabalho "A Diferença Entre a Filosofia da Natureza de Demócrito e a de Epicuro".

Por motivos políticos, Karl não é nomeado, as universidades não aceitam mestres que seguem as ideias de Hegel. Desiludido, dedica-se ao jornalismo. Escreve artigos para os Anais Alemães, de seu amigo Arnold Ruge, mas a censura impede sua publicação. Em outubro de 1842, muda-se para Colônia, e assume a direção do jornal Gazeta Renana, mas logo após a publicação do artigo sobre o absolutismo russo, o governo fecha o jornal.

Em julho de 1843, casa-se com Jenne, irmã de seu amigo Edgard von Westphalen. O casal muda-se para Paris, onde junto com Ruge funda a revista "Anais Franco Alemães", onde publica os artigos de Fredrich Engels. Marx publica "Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel" e "Sobre a Questão Judaica". Ingressa numa sociedade secreta, mas é expulso da cidade.

Publica em 1848 o "Manifesto Comunista", onde já esboça suas principais idéias com a luta de classes e o materialismo histórico. Em fins de 1844, Marx começa a escrever para o "Vornaerts" em Paris. As opiniões desagradam o governo de Frederico Guilherme V, imperador da Prússia, que pressiona o governo francês a expulsar os colaboradores da publicação, entre eles Marx e Engels. Em fevereiro é obrigado a sair da França. Vai para Bélgica.

Dedica-se a escrever teses sobre o socialismo e mantém contato com o movimento operário europeu. Funda a "Sociedade dos Trabalhadores Alemães". Junto com Engels, adquirem um semanário e se integram à "Liga dos Justos", entidade secreta de operários alemães, com filiais por toda a Europa. No 2º Congresso da Liga, são solicitados para redigir um manifesto. Com base no trabalho de Engels, Os Princípios do Comunismo, Marx escreve o "Manifesto Comunista", que envia para Londres em Janeiro de 1848.

Na obra, Karl critica o capitalismo, expõe a história do movimento operário, e termina com um apelo pela união dos operários no mundo todo. Pouco tempo depois, Karl e sua mulher são presos e expulsos do Bélgica. Depois de vários exílios e privações, finalmente se instalam em Londres. Apesar da crise, em 1864 funda a "Associação Internacional dos Trabalhadores, em Londres" que fica conhecida como "Primeira Internacional". Com a ajuda de Engels, publica em 1867, o primeiro volume de sua mais importante obra, "O Capital", em que sintetiza suas críticas à economia capitalista.

Ao escrever "Crítica ao Programa de Gotha", condena o programa que o partido socialista alemão adotara em 1875. As teorias de Marx influenciaram a Revolução Russa de 1917, teóricos e políticos como Lênin, Trotski, Stalin e Mao Tsé-Tung. Assim, sua doutrina esteve presente em vários países, como a extinta URSS, a China e Cuba.

Karl Heinrich Marx morreu em Londres, no dia 14 de março de 1883, em consequência de uma bronquite e de problemas respiratórios.

Fonte: E-biografias

2 de maio de 2013

Biografia Charles Perrault

Contemporâneo do fabulista gaulês La Fontaine, Charles Perrault sempre viveu em Paris e morreu aos 75 anos. O poeta da Academia Francesa não atuou exclusivamente no mundo das letras. Além de trabalhar como advogado, tornou-se superintendente de construções do Rei Sol Luís XIV, posição política em que se destacou ao lado do ministro Colbert.

Membro da alta burguesia, Perrault foi imortalizado por criar uma literatura de cunho popular que caiu no gosto infantil e contou também com a aprovação dos adultos. Com pouco mais de 50 anos, trocou o serviço ativo pela educação dos filhos. Movido por esse desejo, começou a registrar as histórias da tradição oral contadas, principalmente, pela mãe ao pé da lareira.

Com quase 70 anos, publicou um livro de contos conhecido, na época, como "contos de velha", "contos da cegonha" ou "contos da mamãe gansa", sendo o último o título por que ficou conhecida a obra em todo o mundo. A primeira edição, de onze de janeiro de 1697, recebeu o nome de "Histórias ou contos do tempo passado com moralidades", que remete à famosa moral da história presente ao final de cada texto.

Com redação simples e fluente, as histórias eram adaptações literárias que traziam ao final conceitos morais em forma de verso. Essa perspectiva promove, desde a fase inicial, na chamada literatura infantil a existência de um teor pedagógico associado ao lúdico.

Os "Contos da mamãe gansa" se constituem de uma coletânea de oito histórias, posteriormente acrescidas de mais três títulos, ainda que num manuscrito de 1695, só encontrado em 1953, constassem apenas cinco textos. Os contos que falam de princesas, bruxas e fadas trazem histórias que habitam até hoje o imaginário infantil como "A Bela Adormecida", "Chapeuzinho Vermelho", "Cinderela", dentre outros.

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Biografia Hans Christian Andersen

Célebre poeta e novelista dinamarquês, nascido em 2 de abril de 1805. Era pobre, meio desajeitado e alto demais para sua idade quando criança. Há a hipótese de que, ao escrever "O patinho feio", o autor tenha se inspirado em sua própria infância.

Andersen nasce no mesmo ano em que Napoleão Bonaparte obtinha suas primeiras vitórias decisivas. Assim, desde menino, vai respirar a atmosfera de exaltação nacionalista. A Dinamarca também se entrega à descoberta dos valores ancestrais, não com o espírito de auto-afirmação política, mas no sentido étnico, de revelar o caráter da raça. Tal como fizeram os Irmãos Grimm. Andersen foi um escritor que se preocupou, essencialmente, com a sensibilidade exaltada pelo Romantismo.

Entre os títulos mais divulgados de sua obra estão: "O patinho feio"; "O soldadinho de chumbo"; "A roupa nova do Imperador", "A sereiazinha" e "João e Maria".

Embora entre suas estórias haja muitas que se desenrolam no mundo fantástico da imaginação, a maioria está presa ao cotidiano. Andersen teve a oportunidade de conhecer bem os contrastes da abundância organizada, ao lado da miséria sem horizontes. Ele mesmo pertenceu a essa faixa social. Andersen vai tornar mais explícitos os padrões de comportamento exigidos pela Sociedade Patriarcal, Liberal, Cristã, Burguesa que então se consolidavam. A par desses valores éticos, sociais, políticos e culturais ... que regem a vida dos homens em sociedade, Andersen insiste, também, no comportamento cristão que devia nortear pensamentos e ações da humanidade, para ganhar o céu...

Foi, assim, a primeira voz autenticamente romântica a contar estórias para as crianças e a sugerir-lhes padrões de comportamento a serem adotados pela nova sociedade que se organizava. Na ternura que ele demonstra, em suas estórias, pelos pequenos e desvalidos, encontramos a generosidade humanista e o espírito de caridade próprios do Romantismo. No confronto constante que Andersen estabelece entre o poderoso e o desprotegido, o forte e o fraco, mostrando não só a injustiça do poder explorador, como, também, a superioridade humana do explorado, vemos a funda consciência de que todos os homens devem ter direitos iguais.

é considerado o precursor da literatura infantil mundial. Em função da data de seu nascimento, comemora-se em 2 de abril o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil. O prêmio internacional mais importânte na literatura infanto-juvenil é conferido pela International Board on Books fou Young People - IBBY. Esta premiação é representada pela medalha Hans Christian Andersen. Em 1982, Lygia Bojunga foi a primeira representante brasileira a ser contemplada com esta medalha.


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Fábulas/Contos de Fadas/Lendas/Poesia

Estudo das diversas modalidades de textos infantis


Fábulas (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar algo)
Narrativa alegórica de uma situação vivida por animais, que referencia uma situação humana e tem por objetivo transmitir moralidade. A exemplaridade desses textos espelha a moralidade social da época e o caráter pedagógico que encerram. É oferecido, então, um modelo de comportamento maniqueísta; em que o "certo" deve ser copiado e o "errado", evitado. A importância dada à moralidade era tanta que os copistas da Idade Média escreviam as lições finais das fábulas com letras vermelhas ou douradas para destacar.

A presença dos animais deve-se, sobretudo, ao convívio mais efetivo entre homens e animais naquela época. O uso constante da natureza e dos animais para a alegorização da existência humana aproximam o público das "moralidades". Assim apresentam similaridade com a proposta das parábolas bíblicas.

Algumas associações entre animais e características humanas, feitas pelas fábulas, mantiveram-se fixas em várias histórias e permanecem até os dias de hoje.

leão - poder real
lobo - dominação do mais forte
raposa - astúcia e esperteza
cordeiro - ingenuidade
A proposta principal da fábula é a fusão de dois elementos: o lúdico e o pedagógico. As histórias, ao mesmo tempo que distraem o leitor, apresentam as virtudes e os defeitos humanos através de animais. Acreditavam que a moral, para ser assimilada, precisava da alegria e distração contida na história dos animais que possuem características humanas. Desta maneira, a aparência de entretenimento camufla a proposta didática presente.

A fabulação ou afabulação é a lição moral apresentada através da narrativa. O epitímio constitui o texto que explicita a moral da fábula, sendo o cerne da transmissão dos valores ideológicos sociais.

Acredita-se que esse tipo de texto tenha nascido no século XVIII a.C., na Suméria. Há registros de fábulas egípsias e hindus, mas atribui-se à Grécia a criação efetiva desse gênero narrativo. Nascido no Oriente, vai ser reinventado no Ocidente por Esopo (Séc. V a.C.) e aperfeiçoado, séculos mais tarde, pelo escravo romano Fedro (Séc. I a.C.) que o enriqueceu estilisticamente. Entretanto, somente no século X, começaram a ser conhecidas as fábulas latinas de Fedro.

Ao francês Jean La Fontaine (1621/1692) coube o mérito de dar a forma definitiva a uma das espécies literárias mais resistentes ao desgaste dos tempos: a fábula, introduzindo-a definitivamente na literatura ocidental. Embora tenha escrito originalmente para adultos, La Fontaine tem sido leitura obrigatória para crianças de todo mundo.

Podem-se citar algumas fábulas imortalizadas por La Fontaine: "O lobo e o cordeiro", "A raposa e o esquilo", "Animais enfermos da peste", "A corte do leão", "O leão e o rato", "O pastor e o rei", "O leão, o lobo e a raposa", "A cigarra e a formiga", "O leão doente e a raposa", "A corte e o leão", "Os funerais da leoa", "A leiteira e o pote de leite".

O brasileiro Monteiro Lobato dedica um volume de sua produção literária para crianças às fábulas, muitas delas adaptadas de Fontaine. Dessa coletânea, destacam-se os seguintes textos: "A cigarra e a formiga", "A coruja e a águia", "O lobo e o cordeiro", "A galinha dos ovos de ouro" e "A raposa e as uvas".

Contos de Fadas
Quem lê "Cinderela" não imagina que há registros de que essa história já era contada na China, durante o século IX d. C.. E, assim como tantas outras, tem-se perpetuado há milênios, atravessando toda a força e a perenidade do folclore dos povos, sobretudo, através da tradição oral.

Pode-se dizer que os contos de fadas, na versão literária, atualizam ou reinterpretam, em suas variantes questões universais, como os conflitos do poder e a formação dos valores, misturando realidade e fantasia, no clima do "Era uma vez...".

Por lidarem com conteúdos da sabedoria popular, com conteúdos essenciais da condição humana, é que esses contos de fadas são importantes, perpetuando-se até hoje. Neles encontramos o amor, os medos, as dificuldades de ser criança, as carências (materiais e afetivas), as auto-descobertas, as perdas, as buscas, a solidão e o encontro.

Os contos de fadas caracterizam-se pela presença do elemento "fada". Etimologicamente, a palavra fada vem do latim fatum (destino, fatalidade, oráculo).

Tornaram-se conhecidas como seres fantásticos ou imaginários, de grande beleza, que se apresentavam sob forma de mulher. Dotadas de virtudes e poderes sobrenaturais, interferem na vida dos homens, para auxiliá-los em situações-limite, quando já nenhuma solução natural seria possível.

Podem, ainda, encarnar o Mal e apresentarem-se como o avesso da imagem anterior, isto é, como bruxas. Vulgarmente, se diz que fada e bruxa são formas simbólicas da eterna dualidade da mulher, ou da condição feminina.

O enredo básico dos contos de fadas expressa os obstáculos, ou provas, que precisam ser vencidas, como um verdadeiro ritual iniciático, para que o herói alcance sua auto-realização existencial, seja pelo encontro de seu verdadeiro "eu", seja pelo encontro da princesa, que encarna o ideal a ser alcançado.

Estrutura básica dos contos de fadas
Início - nele aparece o herói (ou heroína) e sua dificuldade ou restrição. Problemas vinculados à realidade, como estados de carência, penúria, conflitos, etc., que desequilibram a tranqüilidade inicial;
Ruptura - é quando o herói se desliga de sua vida concreta, sai da proteção e mergulha no completo desconhecido;
Confronto e superação de obstáculos e perigos - busca de soluções no plano da fantasia com a introdução de elementos imaginários;
Restauração - início do processo de descobrir o novo, possibilidades, potencialidades e polaridades opostas;
Desfecho - volta à realidade. União dos opostos, germinação, florescimento, colheita e transcendência.


Lendas (do latim legenda/legen - ler)
Nas primeiras idades do mundo, os seres humanos não escreviam, mas conservavam suas lembranças na tradição oral. Onde a memória falhava, entrava a imaginação para suprir-lhe a falta. Assim, esse tipo de texto constitui o resumo do assombro e do temor dos seres humanos diante do mundo e uma explicação necessária das coisas da vida.

A lenda é uma narrativa baseada na tradição oral e de caráter maravilhoso, cujo argumento é tirado da tradição de um dado lugar. Sendo assim, relata os acontecimentos numa mistura entre referenciais históricos e imaginários. Um sistema de lendas que tratem de um mesmo tema central constiruem um mito (mais abrangente geograficamente e sem fixação no tempo e no espaço).

A respeito das lendas, registra o folclorista brasileiro Câmara Cascudo no livro Literatura Oral no Brasil:

Iguais em várias partes do mundo, semelhantes há dezenas de séculos, diferem em pormenores, e essa diferenciação caracteriza, sinalando o típico, imobilizando-a num ponto certo da terra. Sem que o documento histórico garanta veracidade, o povo ressuscita o passado, indicando as passagens, mostrando, como referências indiscutíveis para a verificação racionalista, os lugares onde o fato ocorreu.

CASCUDO, 1978 , p. 51

A lenda tem caráter anônimo e, geralmente, está marcada por um profundo sentimento de fatalidade. Tal sentimento é importante, porque fixa a presença do Destino, aquilo contra o que não se pode lutar e demonstra o pensamento humano dominado pela força do desconhecido.

O folclore brasileiro é rico em lendas regionais. Destacam-se entre as lendas brasileiras os seguintes títulos: "Boitatá", "Boto cor-de-rosa", "Caipora ou Curupira", "Iara", "Lobisomem", "Mula-sem-cabeça", "Negrinho do Pastoreio", "Saci Pererê" e "Vitória Régia".

Nas primeiras idades do mundo, os homens não escreviam. Conservavam suas lembranças na tradição oral. Onde a memória falhava, entrava a imaginação para supri-la e a imaginação era o que povoava de seres o seu mundo.

Todas as formas expressivas nasceram, certamente, a partir do momento em que o homem sentiu necessidade de procurar uma explicação qualquer para os fatos que aconteciam a seu redor: os sucessos de sua luta contra a natureza, os animais e as inclemências do meio ambiente, uma espécie de exorcismo para espantar os espíritos do mal e trazer para sua vida os atos dos espíritos do bem.

A lenda, em especial as mitológicas, constitui o resumo do assombro e do temor do homem diante do mundo e uma explicação necessária das coisas. A lenda, assim, não é mais do que o pensamento infantil da humanidade, em sua primeira etapa, refletindo o drama humano ante o outro, em que atuam os astros e meteoros, forças desencadeadas e ocultas.

A lenda é uma forma de narrativa antiqüíssima, cujo argumento é tirado da tradição. Relato de acontecimentos, onde o maravilhoso e o imaginário superam o histórico e o verdadeiro.

Geralmente, a lenda está marcada por um profundo sentimento de fatalidade. Este sentimento é importante, porque fixa a presença do Destino, aquilo contra o que não se pode lutar e demonstra, irrecusavelmente, o pensamento do homem dominado pela força do desconhecido.

De origem muitas vezes anônima, a lenda é transmitida e conservada pela tradição oral.

Poesia
O gênero poético tem uma configuração distinta dos demais gêneros literários. Sua brevidade, aliada ao potencial simbólico apresentado, transforma a poesia em uma atraente e lúdica forma de contato com o texto literário.

Há poetas que quase brincam com as palavras, de modo a cativar as crianças que ouvem, ou lêem esse tipo de texto. Lidam com toda uma ludicidade verbal, sonora e musical, no jeito como vão juntando as palavras e acabam por tornar a leitura algo muito divertido.

Como recursos para despertar o interesse do pequeno leitor, os autores utilizam-se de rimas bem simples e que usem palavras do cotidiano infantil; um ritmo que apresente certa musicalidade ao texto; repetição, para fixação da idéias, e melhor compreensão dentre outros.

Pode-se refletir, acerca da receptividade das crianças à poesia, lendo as considerações de Jesualdo:

(...) a criança tem uma alma poética. E é essencialmente criadora. Assim, as palavras do poeta, as que procuraram chegar até ela pelos caminhos mais naturais, mesmo sendo os mais profundos em sua síntese, não importa, nunca serão melhor recebidas em lugar algum do que em sua alma, por ser mais nova, mais virgem (...)


CRISTIANE MADANÊLO DE OLIVEIRA. "ESTUDO DAS DIVERSAS MODALIDADES DE TEXTOS INFANTIS" [online]
Disponível na internet via WWW URL: http://www.graudez.com.br/litinf/textos.htm
Capturado em 2/5/2013

Livros e Infância


As histórias infantis como forma de consciência de mundo
É no encontro com qualquer forma de Literatura que os homens têm a oportunidade de ampliar, transformar ou enriquecer sua própria experiência de vida. Nesse sentido, a Literatura apresenta-se não só como veículo de manifestação de cultura, mas também de ideologias.

A Literatura Infantil, por iniciar o homem no mundo literário, deve ser utilizada como instrumento para a sensibilização da consciência, para a expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo. Sendo fundamental mostrar que a literatura deve ser encarada, sempre, de modo global e complexo em sua ambigüidade e pluralidade.

Até bem pouco tempo, em nosso século, a Literatura Infantil era considerada como um gênero secundário, e vista pelo adulto como algo pueril (nivelada ao brinquedo) ou útil (forma de entretenimento). A valorização da Literatura Infantil, como formadora de consciência dentro da vida cultural das sociedades, é bem recente.

Para investir na relação entre a interpretação do texto literário e a realidade, não há melhor sugestão do que obras infantis que abordem questões de nosso tempo e problemas universais, inerentes ao ser humano.

"Infantilizar" as crianças não cria cidadãos capazes de interferir na organização de uma sociedade mais consciente e democrática.

Fases normais no desenvolvimento da criança
O caminho para a redescoberta da Literatura Infantil, em nosso século, foi aberto pela Psicologia Experimental que, revelando a Inteligência como um elemento estruturador do universo que cada indivíduo constrói dentro de si, chama a atenção para os diferentes estágios de seu desenvolvimento (da infância à adolescência) e sua importância fundamental para a evolução e formação da personalidade do futuro adulto. A sucessão das fases evolutivas da inteligência (ou estruturas mentais) é constante e igual para todos. As idades correspondentes a cada uma delas podem mudar, dependendo da criança, ou do meio em que ela vive.

Primeira Infância: Movimento X Atividade (15/17 meses aos 3 anos)
Maturação, início do desenvolvimento mental;
Fase da invenção da mão - reconhecimento da realidade pelo tato;
Descoberta de si mesmo e dos outros;
Necessidade grande de contatos afetivos;
Explora o mundo dos sentidos;
Descoberta das formas concretas e dos seres;
Conquista da linguagem;
Nomeação de objetos e coisas - atribui vida aos objetos;
Começa a formar sua auto-imagem, de acordo com o que o adulto diz que ela é, assimilando, sem questionamento, o que lhe é dito;
Egocentrismo, jogo simbólico;
Reconhece e nomeia partes do corpo;
Forma frases completas;
Nomeia o que desenha e constrói;
Imita, principalmente, o adulto.

Segunda Infância: Fantasia e Imaginação (dos 3 aos 6 anos)
Fase lúdica e predomínio do pensamento mágico;
Aumenta, rapidamente, seu vocabulário;
Faz muitas perguntas. Quer saber "como" e "por quê ?";
Egocentrismo - narcisismo;
Não diferenciação entre a realidade externa e os produtos da fantasia infantil;
Desenvolvimento do sentido do "eu";
Tem mais noção de limites (meu/teu/nosso/certo/errado);
Tempo não tem significação - não há passado nem futuro, a vida é o momento presente;
Muitas imagens ainda completando, ou sugerindo os textos;
Textos curtos e elucidativos;
Consolidação da linguagem, onde as palavras devem corresponder às figuras;
Para Piaget, etapa animista, pois todas as coisas são dotadas de vida e vontade;
O elemento maravilhoso começa a despertar interesse na criança.

Dos 6 aos 6 anos e 11 meses, aproximadamente
Interesse por ler e escrever. A atenção da criança esta voltada para o significado das coisas;
O egocentrismo está diminuindo. Já inclui outras pessoas no seu universo;
Seu pensamento está se tornando estável e lógico, mas ainda não é capaz de compreender idéias totalmente abstratas;
Só consegue raciocinar a partir do concreto;
Começa a agir cooperativamente;
Textos mais longos, mas as imagens ainda devem predominar sobre o texto;
O elemento maravilhoso exerce um grande fascínio sobre a criança.
Histórias para crianças (faixa etária / áreas de interesse / materiais / livros)

1 a 2 anos
A criança, nessa faixa etária, prende-se ao movimento, ao tom de voz, e não ao conteúdo do que é contado. Ela presta atenção ao movimento de fantoches e a objetos que conversam com ela. As histórias devem ser rápidas e curtas. O ideal é inventá-las na hora. Os livros de pano, madeira e plástico, também prendem a atenção. Devem ter, somente, uma gravura em cada página, mostrando coisas simples e atrativas visualmente. Nesta fase, há uma grande necessidade de pegar a história, segurar o fantoche, agarrar o livro, etc..

2 a 3 anos
Nessa fase, as histórias ainda devem ser rápidas, com pouco texto de um enredo simples e vivo, poucos personagens, aproximando-se, ao máximo, das vivências da criança. Devem ser contadas com muito ritmo e entonação. Tem grande interesse por histórias de bichinhos, brinquedos e seres da natureza humanizados. Identifica-se, facilmente, com todos eles. Prendem-se a gravuras grandes e com poucos detalhes. Os fantoches continuam sendo o material mais adequado. A música exerce um grande fascínio sobre ela. A criança acredita que tudo ao seu redor tem vida e vivência, por isso, a história transforma-se em algo real, como se estivesse acontecendo mesmo.

3 a 6 anos
Os livros adequados a essa fase devem propor "vivências radicadas" no cotidiano familiar da criança e apresentar determinadas características estilísticas.

Predomínio absoluto da imagem, (gravuras, ilustrações, desenhos, etc.), sem texto escrito, ou com textos brevíssimos, que podem ser lidos, ou dramatizados pelo adulto, a fim de que a criança perceba a inter-relação existente entre o "mundo real", que a cerca, e o "mundo da palavra", que nomeia o real. É a nomeação das coisas que leva a criança a um convívio inteligente, afetivo e profundo com a realidade circundante.

As imagens devem sugerir uma situação que seja significativa para a criança, ou que lhe seja, de alguma forma, atraente.

A graça, o humor, um certo clima de expectativa, ou mistério são fatores essenciais nos livros para o pré-leitor.

As crianças, nessa fase, gostam de ouvir a história várias vezes. É a fase de "conte outra vez".

Histórias com dobraduras simples, que a criança possa acompanhar, também exercem grande fascínio. Outro recurso é a transformação do contador de histórias com roupas e objetos característicos. A criança acredita, realmente, que o contador de histórias se transformou no personagem ao colocar uma máscara, chapéu, capa, etc..

Podemos enriquecer a base de experiências da criança, variando o material que lhe é oferecido. Materiais como massa de modelar e argila atraem a criança para novas experimentações. Por exemplo, a história do "Bonequinho Doce" sugere a confecção de um bonequinho de massa, e a história da "Galinha Ruiva" pode sugerir amassar e assar um pão.

Assim como as histórias infantis, os contos de fadas têm um determinado momento para serem introduzidos no desenvolvimento da criança, variando de acordo com o grau de complexidade de cada história.

Os contos de fadas, tais como: "O Lobo e os Sete Cabritinhos", "Os Três Porquinhos", "Cachinhos de Ouro", "A Galinha Ruiva" e "O Patinho Feio" apresentam uma estrutura bastante simples e têm poucos personagens, sendo adequados à crianças entre 3 e 4 anos. Enquanto, "Chapeuzinho Vermelho", "O Soldadinho de Chumbo" (conto de Andersen), "Pedro e o Lobo", "João e Maria", "Mindinha" e o "Pequeno Polegar" são adequados a crianças entre 4 e 6 anos.

6 anos a 6 anos e 11 meses
Os contos de fadas citados na fase anterior ainda exercem fascínio nessa fase. "Branca de Neve e os Sete Anões", "Cinderela", "A Bela Adormecida", "João e o Pé de Feijão", "Pinóquio" e "O Gato de Botas" podem ser contadas com poucos detalhes.

Resumo

Faixa etária Textos Ilustrações Materiais
1 a 2 anos As histórias devem ser rápidas e curtas Uma gravura em cada página, mostrando coisas simples e atrativas visualmente Livros de pano, madeira, e plástico. É recomendado o uso de fantoches
2 a 3 anos As histórias devem ser rápidas, com pouco texto de um enredo simples e vivo, poucos personagens, aproximando-se, ao máximo das vivências da criança Gravuras grandes e com poucos detalhes Os fantoches continuam sendo o material mais adequado. Música também exerce um grande fascínio sobre a criança
3 a 6 anos Os livros adequados a essa fase devem propor vivências radicadas no cotidiano familiar da criança. Predomínio absoluto da imagem, sem texto escrito ou com textos brevíssimos. Livros com dobraduras simples. Outro recurso é a transformação do contador de histórias com roupas e objetos característicos. A criança acredita, realmente, que o contador de histórias se transformou no personagem ao colocar uma máscara.
6 ou 7 anos (fase de alfabetização) Trabalho com figuras de linguagem que explorem o som das palavras. Estruturas frasais mais simples sem longas construções. Ampliação das temáticas com personagens inseridas na coletividade, favorecendo a socialização, sobretudo na escola. Ilustração deve integrar-se ao texto a fim de instigar o interesse pela leitura. Uso de letras ilustradas, palavras com estrutura dimensiva diferenciada e explorando caráter pictórico. Excelente momento para inserir poesia, pois brinca com palavras, sílabas, sons. Apoio de instrumentos musicais ou outros objetos que produzam sons. Materiais como massinha, tintas, lápis de cor ou cera podem ser usados para ilustrar textos.


CRISTIANE MADANÊLO DE OLIVEIRA. "LIVROS E INFÂNCIA" [online]
Disponível na internet via WWW URL: http://www.graudez.com.br/litinf/livros.htm
Capturado em 2/5/2013

A importância do maravilhoso na Literatura Infantil

A importância do Maravilhoso na Literatura Infantil
Em seus primórdios, a Literatura foi essencialmente fantástica. Nessa época era inacessível à humanidade o conhecimento científico dos fenômenos da vida natural ou humana, assim sendo o pensamento mágico dominava em lugar da lógica que conhecemos. A essa fase mágica, e já revelando preocupação crítica às relações humanas ao nível do social, correspondem as fábulas. Compreende-se, pois, porque essa literatura arcaica acabou se transformando em Literatura Infantil: a natureza mágica de sua matéria atrai espontaneamente as crianças.

A literatura fantasista foi a forma privilegiada da Literatura Infantil, desde seus primórdios (sec. VII), até a entrada do Romantismo, quando o maravilhoso dos contos populares é definitivamente incorporado ao seu acervo (pelo trabalho dos Irmãos Grimm, na Alemanha; de Hans Christian Andersen, na Dinamarca; Garret e Herculano em Portugal; etc.)

Considera-se como Maravilhoso todas as situações que ocorrem fora do nosso entendimento da dicotomia espaço/tempo ou realizada em local vago ou indeterminado na terra. Tais fenômenos não obedecem às leis naturais que regem o planeta.

O Maravilhoso sempre foi e continua sendo um dos elementos mais importantes na literatura destinada às crianças. Através do prazer ou das emoções que as estórias lhes proporcionam, o simbolismo que está implícito nas tramas e personagens vai agir em seu inconsciente, atuando pouco a pouco para ajudar a resolver os conflitos interiores normais nessa fase da vida.

A Psicanálise afirma que os significados simbólicos dos contos maravilhosos estão ligados aos eternos dilemas que o homem enfrenta ao longo de seu amadurecimento emocional. É durante essa fase que surge a necessidade da criança em defender sua vontade e sua independência em relação ao poder dos pais ou à rivalidade com os irmãos ou amigos.

É nesse sentido que a Literatura Infantil e, principalmente, os contos de fadas podem ser decisivos para a formação da criança em relação a si mesma e ao mundo à sua volta. O maniqueísmo que divide as personagens em boas e más, belas ou feias, poderosas ou fracas, etc. facilita à criança a compreensão de certos valores básicos da conduta humana ou convívio social. Tal dicotomia, se transmitida atravás de uma linguagem simbólica, e durante a infância, não será prejudicial à formação de sua consciência ética.. O que as crianças encontram nos contos de fadas são, na verdade, categorias de valor que são perenes. O que muda é apenas o conteúdo rotulado de bom ou mau, certo ou errado.

Lembra a Psicanálise, que a criaça é levada a se identificar com o herói bom e belo, não devido à sua bondade ou beleza, mas por sentir nele a própria personificação de seus problemas infantis: seu inconsciente desejo de bondade e beleza e, principalmente, sua necessidade de segurança e proteção. Pode assim superar o medo que a inibe e enfrentar os perigos e ameaças que sente à sua volta, podendo alcançar gradativamente o equilíbrio adulto.

A área do Maravilhoso, da fábula, dos mitos e das lendas tem linguagem metafórica que se comunica facilmente com o pensamento mágico, natural das crianças.

Segundo a Psicanálise, os significados simbólicos dos contos maravilhosos estão ligados aos eternos dilemas que o homem enfrenta ao longo de seu amadurecimento emocional.


CRISTIANE MADANÊLO DE OLIVEIRA. "A IMPORTÂNCIA DO MARAVILHOSO NA LITERATURA INFANTIL" [online]
Disponível na internet via WWW URL: http://www.graudez.com.br/litinf/marav.htm
Capturado em 2/5/2013

Literatura Infantil

A Literatura Infantil

Afinal, o que é Literatura Infantil?
A designação infantil faz com que esta modalidade literária seja considerada "menor" por alguns, infelizmente.

Principalmente os educadores vivenciam de perto a evolução do maravilhoso ser que é a criança. O contato com textos recheados de encantamento faz-nos perceber quão importante e cheia de responsabilidade é toda forma de literatura.

A palavra literatura é intransitiva e, independente do adjetivo que receba, é arte e deleite. Sendo assim, o termo infantil associado à literatura não significa que ela tenha sido feita necessariamente para crianças. Na verdade, a literatura infantil acaba sendo aquela que corresponde, de alguma forma, aos anseios do leitor e que se identifique com ele.

A autêntica literatura infantil não deve ser feita essencialmente com intenção pedagógica, didática ou para incentivar hábito de leitura. Este tipo de texto deve ser produzido pela criança que há em cada um de nós. Assim o poder de cativar esse público tão exigente e importante aparece.

O grande segredo é trabalhar o imaginário e a fantasia. E como foi que tudo começou?

Origens da Literatura Infantil
O impulso de contar histórias deve ter nascido no homem, no momento em que ele sentiu necessidade de comunicar aos outros alguma experiência sua, que poderia ter significação para todos. Não há povo que não se orgulhe de suas histórias, tradições e lendas, pois são a expressão de sua cultura e devem ser preservadas. Concentra-se aqui a íntima relação entre a literatura e a oralidade.

A célula máter da Literatura Infantil, hoje conhecida como "clássica", encontra-se na Novelística Popular Medieval que tem suas origens na Índia. Descobriu-se que, desde essa época, a palavra impôs-se ao homem como algo mágico, como um poder misterioso, que tanto poderia proteger, como ameaçar, construir ou destruir. São também de caráter mágico ou fantasioso as narrativas conhecidas hoje como literatura primordial. Nela foi descoberto o fundo fabuloso das narrativas orientais, que se forjaram durante séculos a.C., e se difundiram por todo o mundo, através da tradição oral.

A Literatura Infantil constitui-se como gênero durante o século XVII, época em que as mudanças na estrutura da sociedade desencadearam repercussões no âmbito artístico.

O aparecimento da Literatura Infantil tem características próprias, pois decorre da ascensão da família burguesa, do novo "status" concedido à infância na sociedade e da reorganização da escola. Sua emergência deveu-se, antes de tudo, à sua associação com a Pedagogia, já que as histórias eram elaboradas para se converterem em instrumento dela.

É a partir do século XVIII que a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação especial, que a preparasse para a vida adulta.

As Mil e Uma Noites
Coleção de contos árabes (Alf Lailah Oua Lailah) compilados provavelmente entre os séculos XIII e XVI. São estruturados como histórias em cadeia, em que cada conto termina com uma deixa que o liga ao seguinte. Essa estruturação força o ouvinte curioso a retornar para continuar a história, interrompida com suspense no ar.

Foi o orientalista francês Antoine Galland o responsável por tornar o livro de As mil e uma Noites conhecido no ocidente (1704). Não existe texto fixo para a obra, variando seu conteúdo de manuscrito a manuscrito. Os árabes foram reunindo e adaptando esses contos maravilhosos de várias tradições. Assim, os contos mais antigos são provavelmente do Egito do séc. XII. A eles foram sendo agregados contos hindus, persas, siríacos e judaicos.

O uso do número 1001 sugere que podem aparecer mais histórias, ligadas por um fio condutor infinito. Usar 1000 talvez desse a idéia de fechamento, inteiro, que não caracteriza a proposta da obra.

Os mais famosos contos são:

O Mercador e o Gênio
Aladim ou a Lâmpada Maravilhosa
Ali-Babá e os Quarenta Ladrões Exterminados por uma Escrava
As Sete Viagens de Simbá, o Marinheiro

O rei persa Shariar, vitimado pela infidelidade de sua mulher, mandou matá-la e resolveu passar cada noite com uma esposa diferente, que mandava degolar na manhã seguinte. Recebendo como mulher a Sherazade, esta iniciou um conto que despertou o interesse do rei em ouvir-lhe a continuação na noite seguinte. Sherazade, por artificiosa ligação dos seus contos, conseguiu encantar o monarca por mil e uma noites e foi poupada da morte.

A história conta que, durante três anos, moças eram sacrificadas pelo rei, até que já não havia mais virgens no reino, e o vizir não sabia mais o que fazer para atender o desejo do rei. Foi quando uma de suas filhas, Sherazade, pediu-lhe que a levasse como noiva do rei, pois sabia um estratagema para escapar ao triste fim que a esperava. A princesa, após ser possuída pelo rei, começa a contar a extraordinária "História do Mercador e do Efrit", mas, antes que a manhã rompesse, ela parava seu relato, deixando um clima de suspense, só dando continuidade à narrativa na manhã seguinte. Assim, Sherazade conseguiu sobreviver, graças à sua palavra sábia e à curiosidade do rei. Ao fim desse tempo, ela já havia tido três filhos e, na milésima primeira noite, pede ao rei que a poupe, por amor às crianças. O rei finalmente responde que lhe perdoaria, sobretudo pela dignidade de Sherazade.

Fica então a metáfora traduzida por Sherazade: a liberdade se conquista com o exercício da criatividade.


CRISTIANE MADANÊLO DE OLIVEIRA. "A LITERATURA INFANTIL" [online]
Disponível na internet via WWW URL: http://www.graudez.com.br/litinf/origens.htm
Capturado em 2/5/2013